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Camélias embelezam Praça da República

A Câmara Municipal tem promovido a plantação de novas plantas

18 de março, 2011
Camélias embelezam Praça da República
Em plena Praça da República, na sede da vila de Cabeceiras de Basto, que sofreu obras de requalificação em 2005, os visitantes podem encontrar um conjunto de 33 camélias cor-de-rosa, brancas e matizadas que embelezam e dão um colorido especial ao centro da vila e zona envolvente.
A camélia nasce da árvore japoneira, sendo considerada uma flor da aristocracia. É uma flor que desabrocha no frio, dando cor a jardins públicos, como é o caso do concelho de Cabeceiras de Basto.

Fruto de uma crescente preocupação com o ambiente e com a ligação de Cabeceiras de Basto à camélia, a Câmara Municipal tem promovido a plantação de novas japoneiras, substituindo as mais antigas.

Com a reformulação da Praça da República foram plantadas 30 novas plantas, que se vieram juntar às três árvores de camélias já existentes neste espaço.

A camélia é uma flor tradicionalmente associada às casas abastadas, como é o caso dos solares que existem não só em Cabeceiras de Basto, como na região de Basto.

Actualmente, podemos encontrá-las em vários locais públicos adornando-os e ao mesmo tempo mantendo o cultivo desta planta no concelho Cabeceirense. Assistimos assim à passagem da esfera privada para espaços de fruição pública.

Para além da Praça da República - sala de visitas deste concelho – podemos encontrar camélias noutras artérias e espaços centrais desta vila dotando-as de singular beleza.

A história

Na época dos descobrimentos, os portugueses foram os primeiros ocidentais a contactar e a ter relações comerciais com o Japão (em 1570 pelo porto de Nagasaki), sendo essas relações comerciais exclusivas até 1638, tendo havido a expulsão dos missionários e fechando-se durante dois séculos.

Por essas razões a camélia terá sido trazida do Japão para a Europa nessa época. Só em 1735, o naturalista sueco Carl von Lineu, na sua obra Species Plantarum, a planta foi baptizada com o nome de camélia, em homenagem ao jesuíta Georg Kamel que foi missionário nas Filipinas.

No século XVIII e XIX a camélia e os jardins passaram a ter uma maior importância na Europa, tendo sido os ingleses os que mais contribuíram para a sua divulgação, tendo Portugal seguido a moda. Assim, foram introduzidas muitas variedades de camélias importadas de Itália, Inglaterra e outros países, pelos Van Zeller, Marques Loureiro, os Villar de Allen, Jacinto de Matos e outros que criaram uma grande quantidade de variedades portuguesas e magníficos jardins com camélias.

No século XX continuaram Moreira da Silva, José Gil e Veiga Ferreira em colaboração com os galegos Ordizola, Aran e os ingleses Miss Tait, Rigall e Gibson
” (in: ascameliasdasjaponeiras.com).

Actualmente, as gentes do Norte, em especial as Terras de Basto, têm mantido a chama da camélia acesa. Em qualquer jardim do Norte de Portugal há pelo menos uma camélia.
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