A conferência de imprensa que se realizou na Casa do Tempo contou também com a presença da vereadora da Cultura, Dra. Isabel Coutinho.

Na oportunidade, o presidente da Câmara falou da importância da realização deste seminário, destacando as diversas personalidades que integrarão os diferentes painéis como oradores, como é o caso de especialistas e investigadores do Brasil, França, Espanha e Portugal, designadamente Eugénio de Ávila Lins, Pierre Kirchner, José Luís Untoria, José Marques, Frei Geraldo Dias, Pedro Vilas Boas Tavares, Olga Portela, Virgolino Jorge, Aurélio Oliveira, Eduardo Pires de Oliveira, José Manuel Tedim, Conceição Lopes, Inês Amorim e Ana Paula Amendoeira.

A qualidade dos oradores nos cinco módulos temáticos, que completam os dois dias do evento, permite, desde já, antecipar o interesse do seminário para estudiosos, investigadores, professores, responsáveis políticos e culturais das autarquias, membros de associações, entre outros.

Este seminário “surge na sequência das dinâmicas que o processo de candidatura gerou e que tem como objetivo aprofundar o conhecimento sobre a Ordem Beneditina e os Mosteiros e, ao mesmo tempo, difundir esse conhecimento” realçou o presidente da Câmara Municipal, que reconheceu e louvou o empenho que o anterior presidente da Câmara, Dr. China Pereira – ‘pai’ da Candidatura do Mosteiro a Património da UNESCO – dedicou a este projeto.

Desejando que esta candidatura chegue a ‘bom porto’, Francisco Alves garantiu: “tudo faremos para que o Nosso Mosteiro seja declarado Património da Humanidade”.
Na sua intervenção, a vereadora da Cultura reforçou os objetivos da Câmara Municipal ao elaborar a proposta de candidatura, cuja realização do seminário “se assume como um ponto alto”.

Tendo em conta que este é “um processo em crescendo”, Isabel Coutinho colocou em evidência a candidatura do Mosteiro a Património da Humanidade como “pivô central do desenvolvimento ao nível da política cultural e turística do nosso concelho”.
A organização deste Seminário Internacional assume, assim, elevada relevância num tempo de debate público sobre a proposta de candidatura à inscrição do Mosteiro na Lista Indicativa do Património Mundial da UNESCO.

Refira-se que o Seminário ‘A Ordem Beneditina, o Papel dos Mosteiros e o Património da UNESCO’ pretende ser um espaço de partilha de conhecimentos e de confronto de ideias sobre a importância sociocultural da Ordem Beneditina nas áreas específicas da saúde (boticas), educação, organização e desenvolvimento dos territórios; sobre os aspetos mais significativos da história dos Mosteiros, desde a Idade Média até à atualidade, tendo como principal referência o Mosteiro de S. Miguel de Refojos; sobre as especificidades portuguesas da arte barroca; e ainda sobre o património da UNESCO nas perspetivas da valorização, conservação e utilização para fins de desenvolvimento territorial.

O Mosteiro de S. Miguel de Refojos é o primeiro dos Mosteiros Beneditinos, em Portugal, a propor a sua inscrição na Lista de Património Cultural da Humanidade.

A igreja do Mosteiro de S. Miguel de Refojos fala por si, uma obra que marca a região de Cabeceiras de Basto e constitui um património cultural revelador da sua importância na Congregação Beneditina e na arte em geral.

O Mosteiro de S. Miguel de Refojos é um testemunho vivo relativo à importância civilizadora da Ordem Beneditina em Portugal e no Brasil.

O Mosteiro de S. Miguel de Refojos é, em síntese, testemunho excecional das dinâmicas políticas, culturais, sociais, educacionais e económicas desde a fundação de Portugal até aos nossos dias.

O conjunto arquitetónico e o espólio inventariado do Mosteiro de S. Miguel de Refojos exprimem a sua Identidade, preenchem as condições de Integridade e de autenticidade, e qualificam-no como Valor Excecional, determinantes à inclusão do Bem na Lista do Património Mundial da UNESCO.