Tertúlia evocativa dos 70 anos do Colégio de S. Miguel de Refojos
Moderada pela vice-presidente da Câmara Municipal Dra. Isabel Coutinho
30 de março, 2015
Uma centena de pessoas participou no sábado, dia 28 de março, na sétima edição do Ciclo de Tertúlias da Casa do Tempo, dedicada ao tema "Colégio de S. Miguel de Refojos – Sete Décadas a Ensinar (1944/45 - 2014/15)". Esta iniciativa foi enriquecida com uma exposição de fotos, publicações e outro tipo de material que teve como objetivo retratar os primeiros tempos da história do Colégio de S. Miguel de Refojos.
A tertúlia que foi moderada pela vice-presidente da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, Dra. Isabel Coutinho, teve como oradores o Padre Domingos Apolinário (diretor do Colégio entre 1959 e 1969), Mário Campilho (antigo aluno, professor e também presidente de Câmara de 1979 a 1993), Baltazar Mendes (presidente da direção da Associação dos Antigos Alunos do Colégio), Fernanda Carneiro (antiga aluna) e Adriano Teixeira (assessor da atual direção do Externato de S. Miguel de Refojos).
Note-se que para além dos antigos alunos e professores do Colégio, a sessão contou também com a presença dos atuais professores e funcionários da instituição que impulsionou a educação, a cultura e o progresso não só de Cabeceiras de Basto, mas também de uma vasta região que envolve os concelhos de Celorico de Basto, Mondim de Basto, Ribeira de Pena, Boticas, Montalegre e Vieira do Minho.
Nesta tertúlia que pretendeu evocar a passagem do 70º Aniversário da fundação do Colégio de S. Miguel de Refojos, estiveram também presentes o vereador Prof. Mário Leite e o ex-presidente da Câmara Municipal, Dr. Serafim China Pereira, que também deu o seu testemunho enquanto ex-aluno no Colégio.
Depois de cantado o hino, da passagem de um filme evocativo e da leitura de uma resenha histórica sobre o Colégio, a vice-presidente da Câmara Municipal, Dra. Isabel Coutinho, deu as boas-vindas a todos os presentes, realçando a importância do relembrar os tempos de outrora vividos no Colégio de S. Miguel de Refojos.
“O Colégio é para Cabeceiras uma memória coletiva”, disse a vice-presidente da Câmara falando da “emoção alegre” gerada pelo convívio proporcionado por esta tertúlia.
Centrando-se numa das máximas do Colégio “tornar homens os que entram crianças”, Isabel Coutinho deixou, também, sentidas palavras de apreço à família de José Gonçalves Ferreira, fundador do Colégio, bem como aos oradores que aceitaram o convite para participar nesta iniciativa.
Nas suas intervenções, os oradores convidados testemunharam vivências que marcaram a sua passagem pelo Colégio, enquanto alunos e alguns deles professores. Partilharam episódios e peripécias, assim como tantas histórias de relações de amizade e mesmo de namoros, muitas delas que terminaram em casamentos.
No final, os presentes cantaram os parabéns ao Colégio de S. Miguel de Refojos.
A História
A partir de 29 de setembro do longínquo ano de 1944, com a fundação do Colégio de S. Miguel de Refojos, no ano letivo 1944/45, “o saber passou a ocupar espaço” numa parte do Mosteiro Beneditino de Refojos de Basto que, em 1834, com a extinção das ordens religiosas, foi adquirido por João António Fernandes Basto, passando depois para Alexandre José Fernandes Basto, homem da terra e irmão do Barão de Basto, que adaptou o espaço para sua residência.
Em 1944, os herdeiros de Alexandre José Fernandes Basto venderam o vetusto imóvel ao empresário cabeceirense José Gonçalves Ferreira, que ali fundou o Colégio de S. Miguel de Refojos, sendo lecionados os ensinos Primário e Liceal.
Porém, a partir de abril de 1959, esta instituição de ensino passou para a propriedade do Seminário Conciliar de Braga, entidade religiosa que ainda hoje administra o Colégio de S. Miguel de Refojos.