Conteúdo

Casa do Tempo lança «Um olhar sobre a medicina popular»

Ciclo de tertúlias em torno do património material e imaterial concelhio

29 de janeiro, 2015
Casa do Tempo lança «Um olhar sobre a medicina popular»
"Um olhar sobre a medicina popular" é o tema da sexta tertúlia de um Ciclo que a Casa do Tempo de Cabeceiras de Basto está a promover bimensalmente desde 2014, no auditório daquele equipamento municipal. Este sexto encontro tem como oradores convidados: Padre Fontes, natural de uma aldeia de Barroso, próxima do Rio Cávado.
Desde pequeno que queira ser padre, e aos 10 anos ingressou no Seminário, tendo sido ordenado em 1963. Foi colocado em Tourém, onde deixou a sua marca, aqui criando uma escola e iniciando cursos agrícolas e de bordadura, servindo também refeições confecionadas na casa paroquial, práticas estas, que divulgaram o seu nome pelas aldeias que servia. Em 1971 deixa Tourém e vai para Vilar de Perdizes.

Além da atividade religiosa, de 1975 a 1980 frequentou a Faculdade de Letras da Universidade do Porto, inscrevendo-se em História. Foi o principal impulsionador do Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes e das "sextas-feiras 13", em Montalegre;

Joaquim Castro, licenciado em medicina e com diploma europeu em homeopatia, é natural deste concelho. Foi lavrador como o pai, mais tarde agricultor de agricultura biológica. Cursou enfermagem. Fez Pintura Decorativa da Escola António Arroio, foi professor efetivo do Ciclo Preparatório e no Colégio S. João de Brito de Lisboa. Concluiu a Licenciatura em Medicina e possui o Diploma Europeu de Homeopatia, pela Universidade de Paris Norte, abordando áreas de osteopatia, fitoterapia, acupunctura, auriculoterapia, naturopatia e iridiologia. É Mestre em Nutrição Clínica Pela Universidade de Coimbra e desde os 20 anos de idade que se dedica ao estudo da medicina holística, à nutrição e tratamento pelas plantas. Tem consultório de Homeopatia e Medicina Natural em Lisboa;

Vítor Lopes, professor e criador da Olfactus (produção de chás e ervas aromáticas). Natural de Braga é pós-graduado em Desenvolvimento Local, Territórios, Sociedade e Cidadania da UTAD, onde frequentou o mestrado em Ensino de Educação Física nos ensinos básicos e secundário. Foi Técnico Superior de Desporto na Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto durante 10 anos. Atualmente é produtor de ervas aromáticas e medicinais e dirigente associativo - Presidente da direção da MAIS- Associação de Desporto Cultura e Tempos Livres de Basto;

Mónica Vaz Leite, natural de Cascais é licenciada em Arquitetura de Planeamento Urbano e Territorial, pela Faculdade de Arquitetura de Lisboa. Em 2002 veio para Cabeceiras de Basto, no âmbito de um estágio curricular na Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto e em 2005 abre o gabinete de arquitetura, Olharquitectos. Em 2012 cria a Arboreto, Empresa agrícola de plantas aromáticas e medicinais.

Os oradores convidados constituem assim, um painel diversificado unido pelo gosto comum dos sabores e saberes da terra e que ao longo deste sarau cultural vão lançar o seu ‘olhar sobre a medicina popular’, refletindo, partilhando experiências, fazendo desmonstração de tratamentos e apresentando ao público uma mostra de chás e ervas medicinais.

O programa desta tertúlia começa com uma mostra de produtos e materiais usados nos tratamentos, seguindo-se uma mostra, oferta e venda de chás. Pelas 21h30m, terá lugar uma recreação de como ‘talhar o bicho’, ‘fechar o pulso aberto’, ‘talhar as dadas’, entre outras práticas, outrora muito usadas pela população.

Convidado para este serão cultural, está também o Presidente da Câmara Municipal, Dr. China Pereira, médico de profissão, que irá moderar o debate e simultaneamente partilhar com os presentes, também a sua visão sobre a importância da medicina popular que integra a matriz cultural concelhia e à qual as pessoas ainda recorrem com frequência.

A ‘Festa das Papas (S. Sebastião): origem, rituais e memória popular’, ‘D. Leonor de Alvim – mulher de D. Nuno Álvares Pereira’, ‘A Feira e Festa de S. Miguel’, ‘Santa Senhorinha de Basto: a sua vida e o seu culto’, foram alguns dos temas já abordados ao longo deste ciclo organizado pela Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto e pela Casa do Tempo, no qual têm vindo a colaborar também entidades e coletividades locais e regionais.

Ao promover estas tertúlias em torno do património material e imaterial concelhio, o Município de Cabeceiras de Basto está a contribuir para divulgar e promover a história local, os usos e costumes de um povo que perpassam gerações e integram a nossa identidade coletiva.
 
Scroll