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Divulgado programa comemorativo dos 500 Anos da atribuição do Foral Manuelino

Comemorações serão um momento alto no concelho

10 de fevereiro, 2014
Cabeceiras de Basto divulga programa comemorativo dos 500 Anos da atribuição do Foral Manuelino
O Município de Cabeceiras de Basto apresentou no dia 7 de fevereiro, o programa comemorativo dos 500 anos de atribuição do Foral Manuelino a esta terra de Basto (1514-2014). No auditório da Casa do Tempo (edifício municipal cuja assinatura é ‘Conhecer é Lembrar’) repleto de autarcas, convidados e população em geral, foram igualmente apresentadas ao público a comissão organizadora e a comissão cientifica.
Fazem parte da Comissão Organizadora (cuja constituição foi aprovada em reunião camarária de 16 de maio de 2013) os Presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal, a vereadora da Cultura Dr.ª Isabel Coutinho, os cabeceirenses professor Doutor Luís Vaz e Dr. Manuel Gonçalves e as técnicas Fátima Oliveira e Alzira Barreto, bem como a comissão científica (aprovada em 12 de setembro de 2013) que integra ilustres cabeceirenses e académicos como Dr. Duarte Nuno Vasconcelos, Dr. Francisco Freitas, Prof. Doutor Francisco Queiroga, Dr. Guilherme Galvão, Mestre Helena Alvim, Doutora Isabel Fernandes, Dr. José da Costa Oliveira e Prof.ª Doutora Odete Afonso.

O Presidente da Câmara, Dr. Serafim China Pereira, procedeu à abertura desta sessão solene, no decorrer da qual deixou uma palavra de agradecimento aos membros que integram as referidas comissões das Comemorações, que aceitaram esta missão que a Câmara Municipal lhes confiou participando de forma desinteressada e colaborando no aprofundamento do estudo da nossa história enquanto Município.

“Celebrar quinhentos anos de um acontecimento histórico, como o da atribuição do Foral por D. Manuel I, em 5 de outubro de 1514, é um momento alto da nossa vida coletiva”, realçou o autarca que nos próximos meses pretende “lembrar a efeméride realizando um conjunto de eventos específicos de comemoração utilizando o tema do Foral nas iniciativas e ações que constituem a habitual agenda cultural do Município”.

O edil cabeceirense disse ainda que esta efeméride pode igualmente servir de mote para pensar e refletir sobre a Instituição do Poder Local e a sua importância no desenvolvimento equitativo e equilibrado dos territórios e das comunidades, capaz de proporcionar uma melhor qualidade de vida e bem-estar às populações e cujo patamar já alcançado resultou do trabalho abnegado de muitos autarcas e outros agentes realizado nos últimos 40 anos.

O edil findou a sua intervenção destacando dois grandes desafios culturais a levar a cabo em 2014 neste concelho, nomeadamente, as comemorações dos 500 anos do Foral e a apresentação da Candidatura do Mosteiro de S. Miguel de Refojos a Património Cultural da Humanidade da UNESCO, eventos para os quais apelou o maior empenho e envolvimento de todos os cabeceirenses.

Após a apresentação da comunicação “Os Forais Manuelinos – paradoxos de uma política de descentralização” pelo cabeceirense Professor Doutor Luís Vaz, durante a qual deixou algumas reflexões sobre as motivações que estiveram na génese desta importante decisão de D. Manuel I, o Centro de Teatro da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto (CTCMCB), apresentou uma bela encenação, destacando momentos importantes da história coletiva local ao longo dos cinco séculos que medeiam 1514-2014.

No decurso desta sessão solene, foi igualmente apresentada ao público a agenda anual do Foral intitulada ‘Cabeceiras de Basto na época quinhentista’, bem como, o programa comemorativo dos 500 anos da atribuição do Foral a Cabeceiras de Basto, de que se destacam várias ações tais como: em fevereiro, o corso carnavalesco envolvendo a comunidade educativa do Agrupamento de Escolas de Cabeceiras de Basto e a peça de teatro ‘Quem tem farelos’ de Gil Vicente, pelo CTCMCB; em março, o concurso de máscaras subordinado ao tema ‘A época quinhentista’ pela Associação Basto em Ação, as comemorações do dia mundial da poesia pelo CTCMCB e o Harmos Classical; em abril, a palestra (a confirmar) subordinada ao tema ‘Estatuto da mulher na época quinhentista’ pela APIHM (Associação Portuguesa de História e Investigação das Mulheres) e o desfile de moda com o tema ‘A época quinhentista’ pelos alunos do Externato S. Miguel de Refojos; em junho, as Memórias do Território são organizadas ‘Em volta do Foral’ pelo Museu das Terras de Basto e terá lugar a apresentação do livro ‘As origens do concelho de Cabeceiras de Basto’ de autoria do arquiteto Ilídio de Araújo; em julho, destaque para a animação nos Claustros do Mosteiro de S. Miguel de Refojos e a apresentação da peça de teatro de Gil Vicente ‘Auto da fama’ pelo CTCMCB; em agosto, terá lugar o concerto de órgão no Mosteiro S. Miguel de Refojos; em setembro, destaque para o cortejo etnográfico: usos e costumes da época manuelina, com a colaboração do CTCMCB, das Juntas de Freguesia e das coletividades concelhias; em outubro, momento alto destas comemorações, destaque para a feira quinhentista, para a apresentação do livro de banda desenhada ‘O Foral de Cabeceiras de Basto’ de autoria de Mário Teixeira e Alzira Barreto, assim como, a atribuição do nome do Rei D. Manuel I a uma rua de Cabeceiras de Basto e a cerimónia de descerramento de uma placa comemorativa dos 500 Anos do Foral, no edifício dos paços do concelho.

Finda a apresentação do programa, o encerramento desta sessão solene de abertura das comemorações do 500 Anos do Foral Manuelino coube ao Presidente da Assembleia Municipal, Eng.º Joaquim Barreto, que começou por saudar todos os presentes, enaltecer a forma como estão a ser concretizadas estas comemorações a que a Câmara anterior deu forma, com a constituição das duas comissões e com a conferência ‘500 Anos do Foral de Cabeceiras de Basto: História e memória’ proferida pelo conterrâneo Professor Doutor Luís Vaz em 10 de junho de 2013, que marcou o arranque da efeméride.

O autarca referiu ainda que “assinalar cinco séculos após a atribuição do Foral é uma data muito importante para mobilizar os cabeceirenses em torno da nossa história e da nossa identidade, refletindo sobre o passado e a importância destes eventos, que se pretende, se projetem no desenvolvimento de Cabeceiras de Basto”. Acrescentou ainda, que nos últimos 20 anos, muitas pessoas trabalharam e estiveram envolvidas num projeto coletivo de desenvolvimento apenas e só para servir a sua terra ou para colaborar na valorização cultural concelhia, disponibilizando os seus conhecimentos técnicos, científicos ou intelectuais ao serviço de Cabeceiras de Basto, cujo envolvimento direta ou indiretamente muito contribuiu para o progresso desta terra. 

O Presidente da Assembleia Municipal exemplificou a Casa do Tempo como um desses projetos, abrangentes e emblemáticos para o concelho, que projeta as memórias dos nossos antepassados e divulga as potencialidades do nosso território no presente, enquadrando a nossa ação num futuro que queremos, continue na senda do progresso e do desenvolvimento.

Por fim, e após felicitar todos quantos ajudaram a idealizar este programa comemorativo, o autarca desafiou os presentes, mas também, as entidades, as coletividades e a população em geral a envolverem-se nestas comemorações dos 500 anos da atribuição do Foral Manuelino a Cabeceiras de Basto, que considerou ser uma importante data para que os cabeceirenses em geral e jovens em particular, conheçam a história da sua terra e a transmitam às gerações vindouras. Temos essa responsabilidade de procurar envolver todos, frisou o Eng.º Joaquim Barreto, garantindo que desta forma estamos a prestar um bom serviço à nossa terra.
 
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