A intervenção, cuidadosamente pensada e estudada, tem como objetivo recuperar a vida do espaço, mantendo a identidade e o genius loci que o caracterizam, através da preservação das espécies e desenhos, não havendo lugar a qualquer alteração formal do desenho do espaço.

As obras visam a retirada de espécies que se encontram em condições fitossanitárias deficientes, como é o caso dos indivíduos de Tília - Tilia tomentosa, Escalónia - Escallonia rubra e de Buxo - Buxus sempervirens (erradamente designado por Murta).
Os indivíduos de Tília e Escalónia, pela sua longevidade, viram surgir podridões radiculares e surgimento de fungos, tendo-se optado pela sua substituição por espécies mais resistentes, como Loropetalum chinensis, Acer palmatum e Ilex crenata.

Estão a ser recolhidos os rebordos de Buxo – atacados há vários anos pela Praga do Buxo que se espalhou pela Europa, vinda da Ásia, causada pela traça Cydalima perspectalis, – depois de terem sofrido inúmeras tentativas, infrutíferas, de tratamento e recuperação (desde 2007) e que implicaram elevados custos.

Com esta intervenção serão mantidos os canteiros com espécies de valor estético superior, como é o caso das Abélias, Azáleas, Gardénias e Roseiras, havendo transplantação para o canteiro envolvente ao cruzeiro das Nandinas – Nandina domestica – que já se encontravam no espaço, e que veem assim enobrecida a beleza que transmitem, em substituição das espécies ali existentes, que apresentavam já condições debilitadas.

A sebe em Escalónia, já referida e situada a norte do espaço e à semelhança do que acontece com outras sebes localizadas noutros pontos da vila, pela idade já avançada, apresenta-se sem densidade, sendo substituída pelo Loropétalo com uma configuração mais baixa, o que permitirá aumentar a visibilidade da Praça.

Os canteiros de espécies anuais, que embelezam o Jardim e promovem a dinâmica de cores que o espaço apresenta, serão reforçados nas suas áreas, por forma a que sejam mantidas as alegres cores que estas espécies proporcionam ao espaço.
A camada mais baixa da estrutura vegetal do Jardim, ao nível do relvado, verá a estrutura do solo reforçada, arejada e preparada para receber um novo tapete de relvado natural.

Ao nível do estrato arbóreo, e salvo as raras intervenções referidas, o Jardim não sofrerá alterações, mantendo-se inalteradas as caraterísticas que identificam o espaço e a história que o caracteriza.

Importa referir que a reabilitação do Jardim resulta de um estudo cuidadoso e criterioso elaborado pela equipa de Planeamento, da Divisão de Obras Particulares e Planeamento desta Câmara Municipal, que integra um arquiteto paisagista.