A apresentação do livro “O Poder Local Democrático em Cabeceiras de Basto (1974-2024)” integrou-se no programa comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril que se celebra até ao final do ano, em Cabeceiras de Basto.

A sessão de abertura contou com a presença dos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal de Cabeceiras de Basto, Francisco Alves e Joaquim Barreto, respetivamente, do autor José da Costa Oliveira e de Luís Filipe Silva, a quem coube fazer a apresentação do autor.

O evento juntou, ainda, vereadores, presidentes de Juntas de Freguesia e demais autarcas e ex-autarcas cabeceirenses, seus familiares e amigos, e população em geral.

Na sua intervenção, Fernando Ruas, presidente da Câmara Municipal de Viseu, antigo presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses e ex-deputado do Parlamento Europeu e da Assembleia da República, falou à numerosa plateia sobre a importância do poder local democrático, realçando a relevância e a pertinência “da defesa dos territórios do interior” e das suas gentes.

Fernando Ruas destacou, ainda, o papel e a nobre missão dos autarcas, partilhando também a sua experiência enquanto autarca de Viseu.

Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal felicitou o autor José da Costa Oliveira pela publicação desta sua mais recente obra que se vem juntar, agora, aos 16 livros já publicados, com especial enfoque no concelho cabeceirense.

“Este livro é um importante registo histórico que incita à reflexão sobre a evolução do poder local no nosso concelho, ao longo das últimas cinco décadas”, disse Francisco Alves, enaltecendo o “trabalho de investigação cuidadoso e detalhado que nos permite compreender melhor o papel e a importância do poder local no fortalecimento da democracia e na melhoria da qualidade de vida dos nossos cidadãos”. E sublinhou: “quero agradecer ao Dr. José da Costa Oliveira por mais este valioso contributo à nossa história local”.

Afirmando que “ser autarca ultrapassa, em muito, aquilo que está estipulado nas funções públicas” e que “é um enorme desafio carregado de sentimentos e emoções”, Francisco Alves desejou que este livro seja “um incentivo e um desafio para que, no centenário do 25 de Abril de 1974, possa ser compilada toda a informação e conhecimento que vai marcar os futuros 50 anos do Abril de Cabeceiras de Basto”.

A finalizar o seu discurso, o presidente da Câmara Municipal agradeceu a José da Costa Oliveira e a todos os que com ele colaboraram na concretização desta “publicação de referência no nosso concelho”.

“Cada um dos autarcas, à sua maneira e no seu tempo, disponibilizou-se e entregou-se à causa pública, para servir a comunidade em prol do bem comum, deixando marcas no território e contribuindo, paulatinamente, para construir e modernizar esta terra do Baixo Minho, Cabeceiras de Basto, elevando os índices de bem estar das populações”, disse na sua intervenção o presidente da Assembleia Municipal, deixando também a sua gratidão e reconhecimento público “a todos e a todas que serviram ou servem Cabeceiras de Basto”.

O livro “é uma obra simples”, considerou Joaquim Barreto, garantindo que “o poder local democrático tem contribuído para aprofundar, aperfeiçoar, qualificar e credibilizar a democracia e, simultaneamente, também tem contribuído, de uma forma decisiva, para o desenvolvimento integrado e sustentado de todo o país, nomeadamente, do interior de Portugal que atravessa um forte despovoamento”.

O poder local, “quando exercido com trabalho, com seriedade, com dedicação e competência é uma escola por onde todos, quer no poder, quer na oposição, deveriam passar, para aprender a melhor servir, com dedicação e espírito de missão”, explicou Joaquim Barreto.

Na oportunidade, o autor do livro, José da Costa Oliveira, falando à plateia sobre as motivações que estiveram na origem desta obra, agradeceu a todos quantos consigo colaboraram, em especial aos técnicos do município cabeceirense que realizaram um determinante trabalho de pesquisa em documentos originais de todas as atas de apuramento de resultados eleitorais.
No final da cerimónia, decorreu a sessão de autógrafos.

A iniciativa foi abrilhantada pela atuação dos músicos cabeceirenses Carlos Pote e Nelinho Carneiro.