FMNF e DGPC em vista técnica ao Núcleo Ferroviário do Arco de Baúlhe
acreditação do Museu Nacional Ferroviário
7 de julho, 2017
O presidente da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, Francisco Alves, acompanhado do secretário da Junta de Freguesia do Arco de Baúlhe e Vila Nune, Carlos Teixeira, participou ontem à tarde, dia 6 de julho, na visita técnica que a Fundação do Museu Nacional Ferroviário (FMNF) e a Direção Geral do Património Cultural (DGPC) efetuaram ao Núcleo Ferroviário do Arco de Baúlhe.
Esta visita surge na sequência do ultimar do procedimento de acreditação do Museu Nacional Ferroviário para adesão à Rede Portuguesa de Museus junto da Direção Geral do Património Cultural, Ministério da Cultura.
Note-se que o Museu Nacional Ferroviário é um museu polinucleado, tornando-se, por isso, necessária e adequada a inclusão de informação e relativa a estes equipamentos na proposta submetida àquela Direção Geral.
O Núcleo Ferroviário encontra-se instalado na antiga estação ferroviária de Arco de Baúlhe, término da Linha do Tâmega, sendo um dos quatro núcleos que integram o Museu das Terras de Basto que é assim composto pelo já referido núcleo ferroviário, Núcleo de Arte Sacra, Casa da Lã e Casa do Pão.
Nesta visita ao Núcleo Ferroviário do Arco de Baúlhe estiveram presentes o vice-presidente da Fundação, José Manuel Garcia, a responsável pela Gestão e Desenvolvimento de Projetos do Museu Nacional Ferroviário, Maria José Teixeira, e ainda Maria Miguel Lucas da Direção Geral do Património Cultural, que se inteiraram in loco das principais potencialidades e especificidades do núcleo, bem como das ideias e projetos futuros que a Câmara Municipal tem idealizados para aquele espaço que, nas palavras do presidente da Câmara, “diz muito aos Cabeceirenses”.
Estiveram também presentes nesta visita de trabalho Isabel Fernandes que em regime de voluntariado e numa relação de grande amizade com Cabeceiras de Basto presta assessoria científica e técnica ao Museu das Terras de Basto.
De referir que a Estação Ferroviária de Arco de Baúlhe foi inaugurada em 15 de Janeiro de 1949 e encerrada no dia 1 de Janeiro de 1990.
No ano de 2000, a REFER cedeu à Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto o espaço da estação e os seus edifícios, ficando esta responsável pela sua conservação, manutenção e gestão, em estreita colaboração com a Fundação Museu Nacional Ferroviário, tendo sido criado o Museu das Terras de Basto que foi inaugurado em maio de 2004.
O complexo da estação de Arco de Baúlhe é constituído pelo edifício da estação propriamente dito, revestido com painéis azulejares executados, em 1940, por A. Lopes na Fábrica de Cerâmica Sant’Anna; pelo edifício destinado ao pessoal – a ‘casa dos maquinistas’; por um cais de carga e descarga de mercadorias com o respetivo armazém de despachos (espaço onde estão patentes exposições temporárias); por duas cocheiras (onde se expõe material circulante, com destaque para as duas carruagens-salão usadas pelo rei D. Carlos e a rainha D. Amélia na sua viagem às Pedras Salgadas, em 1907); por uma plataforma giratória, usada para proceder à inversão de marcha da locomotiva; por um depósito de carvão e um imponente depósito de água, bem como por uma ‘grua de abastecimento de locomotivas’.
No Núcleo Ferroviário de Arco de Baúlhe localiza-se o Centro de Documentação do Museu, onde se podem consultar livros, fotografias e periódicos relacionados com a história e a vida do concelho de Cabeceiras de Basto.