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Município assinala 1º de Maio com Lavoura Tradicional

Participa em feira na localidade francesa de Neuville-Sûr-Saône

30 de abril, 2012
Lavoura Tradicional
À semelhança dos anos anteriores, a Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto e a Cooperativa Basto-Vida, com o apoio da empresa Emunibasto, vão recriar amanhã, dia 1 de maio, uma lavoura tradicional.
Trata-se de uma iniciativa que envolve anualmente centenas de populares numa jornada que tem como objetivo principal reviver tradições, recriar os trabalhos rurais outrora usuais nesta terra e divulgá-los junto das gerações mais novas promovendo, simultâneamente, o convívio inter-geracional e a partilha de saberes ancestrais.

De regresso à Quinta da Portela, em Refojos de Basto, esta Lavoura assinala assim, o Dia do Trabalhador, data para a qual e pelo quinto ano consecutivo dezenas de pessoas estão “convidadas” para dar corpo a esta lavoura que conta ainda com o apoio de algumas Juntas de Freguesia, assim como, de muitos particulares que habitualmente participam nesta jornada etnográfica e cultural.

Na iniciativa é esperada a presença de jovens, menos jovens e população em geral, uns para participar, outros para assistir a esta lavra à moda antiga, onde várias juntas de gado maronês e barrosão, puxarão arados e grades, desbravando a terra e criando condições para o cultivo do milho. Uma prática de amanho outrora muito usual nesta terra minhota, mas que o tempo foi substituindo por tractores e alfaias mais modernas, recorrendo por isso, à necessidade de envolver menos gente nos diferentes afazeres agrícolas.

A Lavoura propriamente dita começa cedo – pelas 8h00m - com a concentração das pessoas, que, após tomar o “mata-bicho” e uma vez munidos de alfaias agrícolas diversas, darão início aos trabalhos da lavoura inerentes à semeada do milho. Espalhar o estrume, lavrar a terra, passar a grade e finalmente semear o milho, são as tarefas a efectuar ao longo da manhã. Como é hábito, está igualmente prevista uma pausa para que os ‘agricultores’ possam degustar o pequeno-almoço. Os trabalhos retomarão de seguida.

Terminada a lavoura, tempo para o repasto, cuja ementa, típica, integra iguarias comummente utilizadas e que anualmente têm registado o agrado de todos os presentes. No final, a lavoura tradicional dará lugar à festa popular ao som de tocadores e cantadores.

Trata-se por isso, de um convívio intergeracional e o avivar das tradições de um povo com matriz essencialmente rural, que a organização pretende proporcionar aos Cabeceirenses e a todos os que nos visitam nesta época.

Município promove potencialidades em França

Também amanhã, Dia do Trabalhador, uma delegação de Cabeceirenses participa na feira do 1º de Maio, desta feita, em Neuville-sur-Saône. Trata-se de um dos mais importantes certames económicos realizados na região de Lyon, promovido por aquele Município irmanado, desde 1997, com Cabeceiras de Basto.

Estreitar laços de amizade e promover as potencialidades sócio-culturais e económicas desta região de Basto, são objetivos principais desta delocação a França, onde serão divulgados e comercializados produtos locais como o mel, broa, vinho, azeite, fumeiro, artesanato em linho, lã e madeira, entre outros.

Além dos produdos locais, serão apresentados também, no stand localizado numa das principais artérias daquela terra gaulesa, painéis alusivos ao património cultural desta localidade. Um stand que se pretende seja durante este dia, um importante ponto de encontro entre culturas e de partilha e confraternização entre portugueses, franceses e alemães, estes provindos de Alpirsbach, localidade igualmente geminada com Neuville-sur-Saône, fazendo assim, jus ao espírito de geminação subjacente a estas três localidades.

Espera-se por isso, que o stand seja visitado ao longo do dia por franceses, mas também por muitos emigrantes portugueses que se encontram a residir não só em Neuville-Sur-Saône, como nos municípios limítrofes daquela região de Lyon e que nesta data aproveitam uma vez mais para contactar com as suas raízes, seja saboreando os produtos apresentados, seja entoando canções ao toque das concertinas que de forma expontânea aparecem no local para animar o stand, promovendo um salutar convivío entre comunidades.
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