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Mais de 110 ninhos de vespa velutina destruídos em 2016

Deteção ou a suspeita de existência de ninhos deve ser comunicada à Câmara Municipal

2 de janeiro, 2017
Mais de 110 ninhos de vespa velutina destruídos em 2016
Desde o início do ano de 2016, 110 ninhos de vespa velutina foram destruídos no concelho de Cabeceiras de Basto pela Polícia Municipal, Proteção Civil e ainda populares, designadamente apicultores, que colaboraram na destruição, atitude que a Câmara Municipal louva e agradece.
De referir que a Proteção Civil e a Polícia Municipal – que se encontram habilitadas para esta tarefa, recorrendo algumas vezes ao apoio dos Bombeiros Voluntários Cabeceirenses e sempre que necessário contam com a colaboração da GNR, do médico veterinário municipal e até de apicultores – têm vindo a exterminar ninhos detetados um pouco por todo o concelho, desde as zonas rurais até ao espaço urbano. Os 110 ninhos destruídos em Cabeceiras de Basto surgiram, na sua maioria, nas árvores em zonas rurais, mas também nos telhados e interiores de habitações e anexos, sendo alguns até destruídos no chão e em muros.

A destruição dos ninhos deve ser feita com equipamento de proteção, de acordo com as orientações do Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina em Portugal. Na exterminação dos ninhos não devem ser usadas armas de fogo, mesmo no caso de difícil acesso pois este método só provoca a destruição parcial do ninho e contribui para a dispersão e disseminação da vespa asiática por constituição de novos ninhos.

A deteção ou a suspeita de existência de ninho ou de exemplares de vespa velutina no território cabeceirense deve ser comunicada à Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, que dará o devido seguimento ao processo de destruição.

A Vespa Velutina Nigrithorax (também chamada de vespa das patas amarelas) – predadora da abelha europeia – é uma espécie com uma área de distribuição natural que se estende pelas regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia ao leste da China, Indochina e ao arquipélago da Indonésia, no continente da Ásia, daí a designação de vespa asiática, ocorrendo normalmente nas zonas montanhosas e mais frescas da sua área de distribuição, pelo que pode estar preadaptada para explorar ambientes temperados, como é o nosso caso.

A existência da vespa velutina tem sido reportada desde 2011 na região norte de Portugal. Esta espécie distingue-se pela coloração do abdómen (mais escuro na vespa asiática) e das patas (cor amarela). Os principais efeitos da sua presença manifestam-se em várias vertentes, designadamente na apicultura, por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas europeias; e na saúde pública que, apesar de não serem mais agressivas que a espécie europeia, no caso de sentirem os seus ninhos ameaçados reagem de modo bastante agressivo.
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