Filho de um cavezense, proprietário da Casa do Souto, na vila de Cavez deste concelho, apesar de ter nascido em Moçambique, vivido em Fafe e em Lisboa, sempre se considerou um homem com raízes em Cavez.

O ilustre cidadão era licenciado em Direito pela Universidade Clássica de Lisboa, Diplomado pela “Escuela Nacional de Administración Pública” de Espanha (Alcalá de Henares) e Auditor do Curso de Defesa Nacional do respetivo Instituto (IDN). Foi funcionário Superior da Presidência do Conselho de Ministros, primeiro Administrador da Universidade do Minho e Diretor-geral do Ministério da Administração Interna, tendo sido agraciado com o grau de Comendador da Ordem de Mérito, das Ordens Honoríficas Portuguesas.

Era sócio do Instituto Português de Heráldica e da Associação Portuguesa de Genealogia e dedicou parte da sua vida a investigar a história dos lugares, casas e famílias de Cavez e dessa investigação resultou um contributo muito importante e interessante para o património cultural do nosso concelho, ao publicar a obra “Cavez da Terra de Basto” em dois volumes.

O Dr. Duarte Nuno de Carvalho do Vale e Vasconcelos colaborou sempre com a Câmara Municipal em diversas iniciativas e fez parte da Comissão Científica das Comemorações dos 500 Anos do Foral Manuelino de Cabeceiras de Bastio, tendo sido sepultado, com 84 anos de idade, em Cavez, precisamente no dia em que este concelho celebrava cinco séculos da atribuição do Foral pelo Rei D. Manuel I, dia 5 de outubro.

Relatório síntese da Feira e Festas de S. Miguel

Nesta reunião, o executivo municipal tomou conhecimento e aprovou por unanimidade o relatório síntese da Feira e Festas de S. Miguel realizadas entre os dias 20 e 30 de setembro no âmbito do qual decorreu também, de 26 a 29, a 38.ª edição da Agro-Basto - Exposição das Atividades Económicas de Basto, respetivamente.

De referir que ao longo de onze dias de festa se realizaram diversas iniciativas que promoveram a economia, o património e a cultura. Por todos os espaços em que decorreram as atividades foi possível ver pessoas de todas as idades e em grande número o que é bem demonstrativo de que estas Festas de S. Miguel fazem parte da nossa identidade, são do interesse e gosto geral e “arrastam” consigo muitos e muitos forasteiros.

Uma vez mais as Festas contaram com diversos pontos altos do programa, nomeadamente: a procissão em honra de S. Miguel, o Cortejo Etnográfico que recriou vivências, usos e costumes da época Manuelina, já que o Foral foi o tema escolhido neste ano em que Cabeceiras de Basto comemora os 500 anos da sua atribuição a Cabeceiras de Basto, mas também a Abadim, pelo Rei D. Manuel I.

Destaque também nestas Festas para o teatro, o folclore, a dança, os cantares ao desafio, as corridas de cavalos, a vacada ou garraiada, as chegas de bois, a ronda das concertinas, o encontro de bombos e tanta outra animação que trouxe à Vila de Cabeceiras de Basto milhares de pessoas. De referir também, o concurso pecuário realizado no dia 28 de setembro, no Parque do Mosteiro, com a presença de largas dezenas de agricultores e criadores de animais das raças autóctones maronesa, barrosã, minhota, provindos dos distritos de Braga, Vila Real, Viana do Castelo e Porto.

Também uma especial referência à Agro-Basto que, com a participação de 108 expositores, atraiu milhares de pessoas.

As Feira e Festas de S. Miguel e a Agro-Basto resultaram num sucesso e a imagem do concelho de Cabeceiras de Basto saiu reforçada com a concretização deste programa organizado pela Comissão de Festas e pela Basto Vida, CIPRL, que recebeu o contributo de muitas pessoas singulares e coletivas, empresários, associações e instituições públicas e privadas.