«A Bruxa de Monte Córdova» de Camilo Castelo Branco
Apresentada pelo Centro de Teatro da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto
19 de setembro, 2012
Integrado no programa festivo da feira e festas de S. Miguel, o Centro de Teatro da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto apresenta ao público, no próximo dia 21 de setembro, a partir das 21h30m, a peça «A Bruxa de Monte Córdova».
Trata-se de um espetáculo a ter lugar na Praça da República, centro histórico desta vila, que aborda uma cena passada em Cabeceiras de Basto, e retirada do livro com o mesmo nome, de autoria de Camilo Castelo Branco.
“O capitão-mor de Cabeceiras de Basto morria por ela. Dois frades de S. Miguel de Refojos andavam como energúmenos desde que a lobrigaram na sua igreja. (…) Angélica Florinda era a tentação, dos homens e dos anjos, inclusos os seres intermédios do género humano e dos serafins: os frades. (…) Eu não sei se este debuxo dá a perceber os mais donairosos, engraçados e louçãos dezassete anos de rapariga de são Pedro de Alvite! (…) Angélica do Picoto… amava… um frade bento… era um terceiro frade de s. Miguel de Refojos.”
Assim, se pode ler na sinopse desta peça que o CTCMCB considerou ser ‘espirituosa’. “As personagens são fascinantes. A ação prende-nos numa tensão interior constante. Toda a obra tem a atmosfera de drama principalmente histórico que reflete o culto dos sentimentos fortes, mesmo violentos, próprio do Romantismo”.
Nesta adaptação, o Centro de Teatro tentou “construir uma linha narrativa que singularizasse o enredo à volta do amor entre Angélica Florinda e Tomás de Aquino. É uma história verídica de intrigas amorosas, conflitos ideológicos e fanatismos religiosos, numa constante mutação de cenários, desde a freguesia de São Pedro de Alvite, passando pelo Mosteiro de Refojos, pelo Porto e tragicamente culminando no Monte Córdova, Santo Tirso.”
De referir ainda que na encenação desta peça, o Centro de Teatro teve dois grandes desafios: o primeiro consistiu em motivar os atores para o universo romanesco do Camilo e o segundo, em preparar para palco e gerir uma encenação que implica a participação de trinta e cinco atores de diferentes gerações.
Acrescente-se que o Centro de Teatro da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto é uma marca cutural que aposta no desenvolvimento de um projeto de produção artística vocacionado para as artes de intervenção sociocultural, no âmbito do qual se trabalham as memórias, as tradições, o património material e imaterial enquanto fontes de pesquisa e ferramentas para a preservação e revitaização da identidade da região de Basto.
O CTCMCB aposta assim, na formação artística em contexto de aprendizagem não formal nas áreas da interpretação, expressão plástica e iniciação teatral para as crianças.
«A Bruxa de Monte Córdova» é por isso um espetáculo organizado pela Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto e pela empresa Emunibasto EEM.
Ficha Técnica:
ADAPTAÇÃO, DRAMATURGIA E ENCENAÇÃO: ARMANDO LUÍS, NETO PORTELA e ROBERTO MOREIRA
CENOGRAFIA, FIGURINOS E ADEREÇOS: JOANA VELOSO
DESENHO DE LUZ E SOM: RAÜL PEÑUELAS
ELENCO: ALCINA TEIXEIRA, ALEXANDRE TEIXEIRA, ALÍCIA ANDRADE, ANA TERESA SILVA, ARMANDO LUÍS, ARMINDA VAZ, CATARINA RIBEIRO, DANIELA GONÇALVES, DÁRIO MATOS, DIOGO PACHECO, EUGÉNIA MAGALHÃES, FILOMENA PACHECO, FRANCISCA MAGALHÃES, JOAQUIM LEITE, JOSÉ BARROSO, JOSÉ PEREIRA, MANUEL FERREIRA, MANUELA TEIXEIRA, MARGARIDA RIBEIRO, MARILISA MONTEIRO, NUNO CAMISAS, OLGA BASTOS BARBOSA, PATRÍCIA TEIXEIRA, PAULO GONÇALVES, ROBERTO MOREIRA, SUSANA MAGALHÃES, TÂNIA LEITE, TERESA RAMOS e TIAGO TEIXEIRA
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: CARLOS ALBERTO RIBEIRO, JOÃO SÉRGIO (GUITARRA ACÚSTICA), JORGE COSTA, LUÍS GONZAGA, MANUEL CARNEIRO (VIOLA BRAGUESA), QUIM CAMPOS e CORO PAROQUIAL SANTO ANDRÉ DE PAINZELA
DIREÇÃO TÉCNICA: JOANA VELOSO
PRODUÇÃO EXECUTIVA E ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO: ALEXANDRE REIS
PRODUÇÃO: CTCMCB – CENTRO DE TEATRO DA CÂMARA MUNICIPAL DE CABECEIRAS DE BASTO
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: MAIORES DE 12 ANOS
DURAÇÃO DO ESPETÁCULO: 90 MIN APROX.
ORGANIZAÇÃO: CÂMARA MUNICIPAL DE CABECEIRAS DE BASTO e EMUNIBASTO, E.E.M..
AGRADECIMENTOS: ATC — ASSOCIAÇÃO TEATRO DE CONSTRUÇÃO e CHAPITÔ.