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«Mulheres de Bucos» apresentam trabalho da lã no Museu das Terras de Basto

Visitas de terça a domingo, das 9h00m às 12h30m e das 14h00m às 17h30m

17 de setembro, 2012
«Mulheres de Bucos» apresentam trabalho da lã no Museu das Terras de Basto
Os presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal de Cabeceiras de Basto, Engº Joaquim Barreto e Dr. Serafim China Pereira, acompanhados pelo Presidente da Junta de Freguesia do Arco de Baúlhe, Armando Duro, pelos vereadores Dr. Domingos Machado e Francisco Pereira e pela administradora da Emunibasto, Drª Fátima Oliveira, procederam ontem, dia 15 de setembro, à inauguração da exposição intitulada ‘Mulheres de Bucos’, no Museu das Terras de Basto.0
Uma iniciativa que visa divulgar o projeto e o trabalho desenvolvido pela recém inaugurada Casa da Lã, em Bucos. Um projeto que além de ser um centro interpretativo da produção e transformação da lã assente num importante legado cultural, apresenta também todas as técnicas tradicionais por que passa a lã até ao produto final e sobre o qual se pretende agora olhar de forma mais contemporânea, explicou na oportunidade, a diretora do Museu e responsável por este projeto, Drª Isabel Fernandes, que realçou igualmente a importância desta comunidade da Serra da Cabreira, que já na década de 60 e0ra referida num artigo como possuidora de seis pisões e nos anos 40 alcançou a distinção da segunda aldeia mais portuguesa de Portugal.

Após a visita à exposição, onde seis das dez mulheres que dinamizam esta Casa da Lã estiveram presentes, demonstrando ao vivo as diferentes fases e técnicas da produção da lã, o Presidente da Câmara agradeceu a presença de todos e enalteceu o trabalho que tem vindo a desenvolver-se e que é encarado de forma particular, já que é um projecto sentido, que revela a nossa história e identidade, destacando a força dos pastores e a produção da lã em Bucos. Não fosse a atenção que a Câmara Municipal, conjuntamente com outras entidades demontraram por este tradicional costume das gentes de Bucos e este produto ter-se-ia perdido, referiu o autarca.

A Casa da Lã, atualmente sedeada na antiga escola primária, faz por isso, através das Mulheres de Bucos a ligação a este produto da terra. Na sua intervenção, o autarca referiu ainda as origens deste projeto e a necessidade de aproveitar a lã de Bucos, indo de encontro à preservação dos nossos usos e costumes, de forma rentável.

A transformação da lã, que encerra todo um legado patrimonial que ao logo dos tempos, transitou de geração em geração, é agora potenciada através deste projeto. Um projeto comunitário que tem vindo a alcançar projeção nacional e internacional, que a Autarquia Cabeceirense quer continuar a apoiar e a incentivar, preservando assim, os usos, costumes e tradições desta terra.

O autarca lembrou ainda os desafios que se avizinham e o caminho que queremos seguir tendo em vista a dinamização e a divulgação deste produto.

Terminou, referindo que ao ser apresentada no Museu das Terras de Basto, esta exposição pretende também mostrar o património existente na freguesia de Bucos, numa óptica intercultural entre freguesias e pessoas do mesmo concelho, com uma acentuada vertente social. Valorizar os nossos produtos, neste caso a lã, que alcançou já um importante patamar é por isso, um objectivo, referiu o edil Cabeceirense, que disse não querer defraudar as expectativas das pessoas, referindo ainda que não “estamos conformados e queremos ir mais longe, procurando, sem perder a identidade associada ao produto final, agilizar todo o processo de transformação até à comercialização destes artigos que podem representar valor acrescentado à economia local”.

A Câmara Municipal vai por isso, continuar a valorizar este peculiar projeto, através do qual se promove também o concelho de Cabeceiras de Basto.

De referir que estes produtos etiquetados ‘Novelo de lã’, artesanalmente manufaturados pelas ‘Mulheres de Bucos’ podem ser adquiridos na Casa da Lã e no Posto de Turismo Municipal. A partir de agora podem igualmente ser apreciados no Museu das Terras de Basto de terça a domingo, das 9h00m às 12h30m e das 14h00m às 17h30m, neste equipamento cultural, no Arco de Baúlhe.

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