Festa da Orelheira e do Fumeiro
De 17 a 20 de fevereiro em Cabeceiras de Basto
13 de fevereiro, 2012
Abre ao público na próxima sexta-feira, dia 17 de fevereiro de 2012, pelas 16h30m, a
16ª edição da Festa da Orelheira e do Fumeiro de Cabeceiras de Basto. Uma iniciativa organizada pela Câmara Municipal e pela Emunibasto, que conta com a presença de 83 produtores/expositores, sendo a sua maioria provenientes deste concelho, mas também de Montalegre, Boticas e Vieira do Minho.
Desta forma contribuem para potenciar e promover os produtos genuínos da terra, permitindo dar continuidade a uma estratégia de apoio à agricultura tradicional e, simultaneamente, à dinamização sócio-económica e cultural do concelho.
A 16ª edição da Festa da Orelheira e do Fumeiro, que decorre no Pavilhão Desportivo de Cabeceiras de Basto, durante quatro dias, espera comercializar cerca de 25.000kg de fumeiro, atingir um volume de negócios na ordem dos 200.000,00 € e atrair cerca de 70 mil visitantes ao certame.
Assim, além da exposição/venda, no espaço da feira, está também instalada uma tasquinha devidamente equipada para promover a gastronomia local confecionada à base de orelheira e de fumeiro, acompanhada pela broa, pelos doces, pelos vinhos verdes da região de Basto, entre outros produtos locais de grande qualidade. Dos 83 participantes, 19 são expositores de artesanato, tais como a lã, as alfaias agrícolas, o linho, entre outros artigos manufaturados, 10 são expositores de produtos como o vinho, o mel, as compotas e os doces regionais a que se associam 4 instituições concelhias ligadas ao desenvolvimento rural e 2 produtores agrícolas.
Trata-se por isso, de uma mostra de produtos de qualidade reveladores dos saberes e dos sabores daqueles que persistem na sua ligação à terra. Este evento com dimensão regional, cujo programa foi hoje apresentado à comunicação social, tem como principais objetivos promover o desenvolvimento local e regional; criar sinergias entre produtores do concelho e novos atores sociais; dinamizar a economia do concelho; criar novas oportunidades laborais e fomentar o desenvolvimento deste território e o bem estar da sua gente, mantendo a identidade rural desta terra, marca que segundo o Presidente da Câmara Municipal, Engº Joaquim Barreto, “queremos aprofundar, valorizar e divulgar”.
Para o autarca, associado à ruralidade, assente num legado patrimonialque urge defender, e promover, está a hospitalidade das gentes desta terra localizada entre o Minho e Trás-os-Montes e por isso, com especificidades únicas. A diversidade, o território, o micro-clima, a componente social, os usos e costumes e as tradições, imprimem dinâmicas sócio-económicas e culturais que a organização deste tipo de eventos pretende potenciar, no âmbito de estratégias definidas pelo Município Cabeceirense que incidem numa ação diversificada e envolvente, que agrega vários agentes locais, tais como Câmara, Emunibasto, associações e agricultores, de modo a criar riqueza, emprego e reforçar a economia doméstica.
O incentivo à criação de raças autóctones como é o caso do porco bísaro (tradicional nesta região, criado em espaço livre, entre as serras da Cabreira e do Barroso que garante uma carne macia e saborosa, que por tradição e qualidade é totalmente aproveitada) e à produção artesanal do fumeiro, contribui igualmente para salvaguardar todo este património gastronómico, que associado ao artesanato e à riqueza do mundo rural, pode simultaneamente representar novas e empreendedoras oportunidades laborais sobretudo para uma camada mais jovem da população que paulatinamente tem vindo a aderir a este projeto, com a criação de micro-empresas ligadas ao setor e a criação de cozinhas regionais.
A importância deste certame, resulta de um relevante trabalho que Cabeceiras de Basto vem desenvolvendo, apresentando-se muitas vezes a Câmara Municipal, como pioneira na dinamização de iniciativas capazes de fixar as gentes à terra, perseguindo um desenvolvimento sustentado, para e com as pessoas. De referir que o fumeiro é um negócio em ascensão que leva a reboque o turismo e o desenvolvimento rural.
A apresentação do programa esteve a cargo da vogal do Conselho de Administração da Emunibasto, Drª Fátima Oliveira. O programa integra também a componente lúdica e cultural de que se destacam os cantares populares, os cantares ao desafio, o folclore, as tocatas de concertina, acordeão e cavaquinho. O leilão das orelheiras é outra das atividades previstas de grande atratividade, já que recria uma antiga tradição desta terra, outrora usual em várias freguesias do concelho, no Domingo gordo de Carnaval.
De salientar ainda, a realização do V concurso do Fumeiro de Basto (Salpicão e chouriça), organizado pela Delegação Regional de Agricultura do Ave, que visa não só apurar o melhor produto apresentado no certame, como também, contribuir para aprofundar o estudo das características do fumeiro desta região de Basto.
O programa propriamente dito, apresenta animação diversificada de que sobressaem, no primeiro dia, uma atuação do Grupo de Bombos da Arborada e os tocadores de concertinas, assim como, a atuação do grupo de dança promovido pelo ginásio companhia atlética e do Grupo de Cavaquinhos da Raposeira.
No Sábado, o destaque vai para a atuação de Grupos de Concertinas, a dinamização de ateliers de máscaras, a realização do V Concurso do Fumeiro de Basto, organizado pela DRAPN – Delegação do Ave, bem como, para o espetáculo folclórico com ‘Os Camponeses de Arosa’ e os cantares ao desafio com os cantadores ‘Lopes de Travassô, Carvalho de Cucana e Adília de Arouca’.
No Domingo, dia 19 de fevereiro, além do tradicional leilão de orelheiras, está prevista animação musical com o grupo ‘Cantar Portugal’ da Associação D. Nuno Álvares de Fafe.
O encerramento da 16ª edição da Festa da Orelheira e do Fumeiro está agendado para o dia 20 de fevereiro, Segunda-feira, pelas 12h00m.
De referir ainda, que todos os produtos a comercializar são submetidos a um controle de qualidade e higiene e que os preços obedecem a uma regulação previamente acordada.