Encontro de História Local reúne especialistas
Para ampliar e aprofundar saberes e dar a conhecer o território
9 de maio, 2025
O presidente da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, Francisco Alves, marcou esta manhã, 9 de maio, presença na sessão de abertura das “Memórias do Território: Encontro de História Local”, iniciativa que decorreu no Núcleo Ferroviário do Arco de Baúlhe.
Marcaram, igualmente, presença neste evento o presidente do Conselho Diretivo da Fundação Museu Nacional Ferroviário Armando Ginestal Machado, Manuel Cabral, a coordenadora científica e técnica do Museu das Terras de Basto, Isabel Fernandes, o vereador Manuel Teixeira, técnicos do município, investigadores e demais interessados nas temáticas da História e do Património concelhio.
Este evento, que se estende por dois dias, contou ao longo desta sexta-feira com a apresentação de um conjunto de cinco comunicações proferidas pelos oradores: Carlos Machado com o tema “O impacto da reabilitação e restauro no Turismo local e ferroviário”; Francisco Queiroga que falou sobre a “Arqueologia e ocupação de um território: Cabeceiras de Basto”; Pedro Gonçalves que apresentou “A Fábrica de Papel de Basto”; Teresa Soeiro que centrou a sua comunicação no “Património vernacular no álveo do Tâmega”; e José Manuel de Oliveira que abordou a temática “Camilo Castelo Branco: comboios e outros transportes”.
Na primeira comunicação “O impacto da reabilitação e restauro no Turismo local e ferroviário” foi dado a conhecer o impacto da reabilitação e do restauro no turismo ferroviário, tanto a nível nacional como a nível europeu; enquanto na segunda apresentação, “Arqueologia e ocupação de um território: Cabeceiras de Basto”, foi apresentado o panorama geral da ocupação do espaço que atualmente corresponde ao concelho de Cabeceiras de Basto, desde a Pré-História até à Idade Média. Numa viagem até aos finais do século, foi dada a conhecer “A Fábrica de Papel de Basto”, um invulgar testemunho da protoindustrialização portuguesa, numa época em que Portugal encetava os primeiros passos no processo de industrialização; seguiu-se a abordagem ao “Património vernacular no álveo do Tâmega”, documentando parte do património vernacular e imaterial existente no curso do médio Tâmega.
As comunicações deste dia finalizaram com o tributo a um dos maiores romancistas portugueses, que este ano comemora o seu bicentenário – “Camilo Castelo Branco: comboios e outros transportes” – conhecendo melhor as suas constantes deambulações, utilizando os transportes existentes no seu tempo.
Para amanhã, sábado, 10 de maio, estão previstas várias visitas ao património local, designadamente à Casa de Pielas (Painzela), à Igreja de Santo André de Painzela, à Quinta de Turismo Rural do Rapozinho e percurso pedonal entre a Quinta do Rapozinho e o lugar das Encosturas – trajeto parcial no Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal (freguesia de Cabeceiras de Basto), bem como à Ponte de Cavez.
Note-se que a Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto está a trabalhar numa candidatura no âmbito da Rede de Museus de Identidade Regional, tendo em vista a valorização do património.
Através da realização desta iniciativa, a Câmara Municipal pretendeu dar a conhecer a história de Cabeceiras de Basto bem como o património cultural material e imaterial existente, promovendo a partilha, o ampliação e a consolidação de conhecimentos.