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Cabeceiras de Basto celebrou 51 Anos do 25 de Abril

Francisco Alves fez honra a todos os autarcas, ao movimento associativo cultural, educativo, desportivo, social e aos empresários

25 de abril, 2025
Cabeceiras de Basto celebrou 51 Anos do 25 de Abril
Cabeceiras de Basto celebrou hoje os 51 Anos do 25 de Abril com a realização da Sessão Solene da Assembleia Municipal. Depois do Hastear da Bandeira Nacional, com guarda de honra dos Bombeiros Voluntários Cabeceirenses, o executivo municipal liderado por Francisco Alves, o presidente da Assembleia Municipal, representantes dos partidos e movimentos políticos, presidentes de Juntas de Freguesia e demais entidades civis do concelho, participaram na cerimónia evocativa.
Note-se que, devido ao luto nacional pela morte do Papa Francisco, as bandeiras foram hasteadas, permanecendo a meia haste até amanhã, dia 26 de abril, cumprindo-se assim os três dias de luto nacional decretados pelo Conselho de Ministros.

A cerimónia evocativa destes 51 anos do 25 de Abril, que decorreu na Sala de Sessões da Assembleia Municipal, teve início com a declamação de um poema de Manuel Alegre pela cabeceirense Fátima Marinho.

Na sua intervenção, o presidente da Câmara Municipal lembrou a “vitória do povo português que, nas primeiras eleições livres, em 25 de abril de 1975, votou massivamente, demonstrando inequivocamente a sua adesão ao regime democrático”. E realçou: “o dia de hoje, o dia de celebrar Abril, pode e deve ser justamente um dia para honrar o povo, os democratas e os constituintes”.
E continuou: “conquistámos a liberdade. A liberdade de sermos e estarmos onde quisermos e com quem quisermos. Consolidámos a democracia política a que acresce a democracia social, cultural e económica”.

Afirmando que “o poder local tem sido responsável pela transformação dos territórios, do litoral ao interior, do norte ao sul do país”, Francisco Alves fez “honra a todos os autarcas, ao movimento associativo cultural, educativo, desportivo, social e aos empresários”.

O presidente da Câmara Municipal assegurou que “apesar de todas as dificuldades e imperfeições, acreditamos que viver em democracia é o único caminho de valorização da cidadania, da participação e do respeito por todos”, expressando, ainda, um “sentimento de gratidão para todos os portugueses e portuguesas em geral e para os cabeceirenses em particular, que ao longo destas cinco décadas não se têm poupado a esforços para, conjuntamente com os poderes públicos, ajudarem a construir um mundo melhor”.

O edil finalizou, incitando “todos nós a continuarmos e aprofundarmos o combate para que a nossa terra, Cabeceiras de Basto, seja cada vez mais livre, mais solidária e mais justa. Que o interesse coletivo seja sempre muito mais importante que o interesse particular”, rematou.

Por seu turno, o presidente da Assembleia Municipal salientou que “a Revolução dos Cravos não foi apenas um momento de mudança política, foi um grito de esperança e o desejo profundo de um futuro melhor para todos os portugueses”, garantindo que “comemorar o 25 de Abril é um compromisso contínuo e que a democracia é um bem precioso que deve ser protegido e cultivado”. E insistiu: “meio século depois, a luta pela justiça social, pela igualdade de oportunidades e pelos direitos humanos continua”.

“Toda a liberdade é inquietação. É ação. É uma luta constante. É voz ativa e sentido crítico”, disse Joaquim Barreto, realçando que “o poder local democrático constrói caminhos, fomenta o desenvolvimento sustentável e fortalece as comunidades, tornando-as mais resilientes e preparadas para enfrentar crises e desafios”, indicando, como “prova disso” (…) “o nosso concelho, cujos índices de bem estar foram subindo paulatinamente no pós 25 de abril, com a construção de infraestruturas e de equipamentos, com a abertura de serviços ou com a implementação de políticas que foram dando respostas aos problemas mais prementes das populações”.

Garantindo que “Abril é mais urgente do que nunca”, o presidente da Assembleia Municipal declarou que “não podemos defraudar aqueles que teimam em ficar na nossa terra e aqui desenvolver os seus projetos de vida. Temos que criar respostas, temos que inovar, temos que dinamizar Cabeceiras de Basto e continuar a fazer desta terra um local onde todos gostem de viver e de visitar”. E concluiu: “a liberdade é feita por todos e para todos”.

Em representação da Bancada Municipal do PS, Manuel Gonçalves, depois de fazer uma breve resenha histórica sobre as conquistas da Revolução dos Cravos, falou à plateia sobre “as responsabilidades dos eleitos locais”, considerando que Abril deve ser “um gesto diário” de “fazer melhor”.  A afiançou: “Abril foi coragem, mas é também renovação. Abril foi rigor mas é também mudança”.

Em representação da Bancada Municipal PPD/PSD-CDS-PP, Manuel Sá Nogueira, enunciou os direitos conquistados pela revolução de 1974, centrando a sua intervenção sobre o Direito, partilhando, a propósito, factos ocorridos “numa célebre aula de Direito”. E asseverou: “o primeiro dever de quem acredita no direito é não nos calarmos perante uma injustiça”. E concluiu: “o desafio de Abril é o de defender o direito. O direito à saúde, à educação, a tudo o que construímos”.

Em representação do Grupo Municipal IPC, Marco Gomes realçou a importância da liberdade e dos valores intrínsecos a Abril. “Não é livre quem não pode decidir”, disse o deputado municipal, destacando que “só há liberdade a sério quando houver paz, pão, habitação, educação e saúde”. Referindo que “pensar Abril é pensar local”, Marco Gomes elencou as prioridades do presente, ligadas às questões do “emprego, educação e saúde, alterações climáticas e promoção do território”.

O presidente da Junta de Freguesia de Riodouro, Norberto Pires, no seu discurso falou sobre os compromissos intrínsecos à celebração do 25 de Abril, mencionando que “o papel das autarquias deve ser ouvir e servir todos por igual” e que “a liberdade é a coragem para dizer o que está mal”. O autarca desejou que “cada um trabalhe com verdade e coerência, com ações concretas, justas e transparentes”.

A encerrar a cerimónia, a Banda Cabeceirense brindou a plateia com a interpretação musical do Hino Nacional.
Cabeceiras de Basto celebrou 51 Anos do 25 de Abril
Cabeceiras de Basto celebrou 51 Anos do 25 de Abril
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