Também é retratado o processo iniciado pela Associação dos Festeiros do Arco (AFA) que culminou com a inscrição da Romaria de Nossa Senhora dos Remédios no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

A obra da autoria de Eduardo Pires de Oliveira e Tiago Teixeira contém mais de 250 páginas e surge na sequência da exposição com o mesmo nome que está patente ao público, até ao final do mês de maio do presente ano, no Núcleo Ferroviário do Arco de Baúlhe. A Festa em honra de Nossa Senhora dos Remédios é um culto com mais de 400 anos.

A cerimónia que decorreu no Núcleo Ferroviário do Arco de Baúlhe contou com a presença do Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, sessão à qual se associaram também vereadores, o presidente da Junta de Freguesia do Arco de Baúlhe e Vila Nune, entre outros autarcas da freguesia, investigadores e demais convidados e público em geral.

Coube a Luís Carlos Amaral apresentar a obra, numa sessão que teve como mediadora Isabel Fernandes, coordenadora desta publicação e que colabora com o município no âmbito do Museu das Terras de Basto.

Na oportunidade, o presidente da Câmara Municipal agradeceu “a todos os que contribuíram para a concretização desta publicação, de forma direta ou indireta, que partilharam os seus conhecimentos, memórias e experiências”. Referindo-se ao “magnífico livro que vem enriquecer o nosso património cultural e histórico”, Francisco Alves explicou tratar-se do “culminar de um trabalho dedicado e minucioso, que teve origem na exposição temporária sobre o mesmo tema no Núcleo Ferroviário do Arco de Baúlhe – um espaço de excelência, que também ele se tem afirmado como um polo dinamizador da nossa memória coletiva”.

E rematou: “este livro é, acima de tudo, um testemunho do nosso passado e um legado para as gerações futuras. Que, agora, possa servir de inspiração para continuarmos a preservar e a promover as nossas tradições, as nossas raízes e a nossa história”.

A Romaria de Nossa Senhora dos Remédios de Arco de Baúlhe constitui uma manifestação comunitária secular que foi sendo transmitida ao longo de gerações, promovendo a cultura, os usos e costumes desta região do Minho interior e que, em 2023, passou a integrar o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

Foi a 26 de abril de 2023 que a Direção Geral do Património Cultural (DGPC) inscreveu a Romaria de Nossa Senhora dos Remédios do Arco de Baúlhe no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, sendo esta a primeira manifestação do município a consagrar-se como Património Nacional Imaterial.

Cinco meses depois, por decreto do Arcebispo Primaz, D. José Cordeiro, a 27 de setembro de 2023, a capela de Nossa Senhora dos Remédios foi elevada a Santuário, sendo capelão do santuário o padre Rui Araújo.