Conteúdo

Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal apresentado aos autarcas

Caminho pode representar enorme atrativo turístico-cultural para o território

17 de junho, 2024
Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal apresentado aos autarcas
Foi apresentado no dia 14 de junho, aos autarcas de Cabeceiras de Basto o Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal, um projeto inovador que liga os concelhos do Minho e de Trás-os-Montes. A iniciativa decorreu no Espaço de Acolhimento ao Visitante Ilídio dos Santos, no Claustro do Mosteiro de S. Miguel de Refojos.
Dinamizado pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, este projeto, ainda embrionário, reúne atualmente 12 municípios (Póvoa de Lanhoso, Cabeceiras de Basto, Ribeira de Pena, Vieira do Minho, Braga, Vila Pouca de Aguiar, Alijó, Murça, Mirandela, Vila Flor, Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta), bem como o Turismo do Porto e Norte de Portugal e a Federação Portuguesa do Caminho de Santiago que, no passado mês de março, assinaram um protocolo para a implementação deste Caminho.

A valorização e promoção de todo o território atravessado por este novo percurso cultural é o grande objetivo que está na origem da implementação do Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal.

A sessão presidida pela vereadora do Turismo, Carla Lousada, contou com a presença do vereador Fernando Basto, do vereador da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Ricardo Alves, dos presidentes de Junta de Bucos e de Refojos, Outeiro e Painzela, Adriano Pereira e Leandro Campos, respetivamente, técnicos do município, entre outros interessados na temática dos Caminhos de Santiago.

Coube ao arqueólogo da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Orlando Fernandes, e ao coordenador técnico da Cultura, também da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Francisco Machado, apresentar o Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal, dando a conhecer, em pormenor, o trajeto deste Caminho ao longo de 240 km em que atravessa aqueles doze concelhos, mas também as localidades por onde o caminho segue em território cabeceirense, num total de cerca de 40km.

Leon de Rosmithal (1425 - 1486) pertencia aos Lev de Rozmitál, família da alta nobreza e das mais influentes da Boémia Central, região da República Checa. Este barão destacou-se no ramo militar e foi um notável cavaleiro que detinha a propriedade dos castelos nas cidades de Blatná e Rozmitál, na região da Boémia Central. Leon de Rosmithal, acompanhado de uma grande comitiva composta por 40 pessoas da sua confiança e 52 cavalos, foi incumbido pelo Rei da Boémia, Jorge de Podiebrad, de uma missão política e religiosa na Europa, o que aconteceu entre os anos de 1465 e 1467.

De acordo com a resenha histórica do Caminho de Leon de Rosmithal, “a comitiva atravessou o rio Douro, utilizando uma barca, e depois de subirem um «caminho muy áspero» chegaram a Freixo de Espada à Cinta, já no ano de 1466. Desde esta vila transmontana seguiram a sua viagem por: Torre de Moncorvo – Alebra (Abreiro) – Villa Panca (Vila Pouca de Aguiar) – atravessam o Tâmega na “puente de piedra” - Barcodevonde (Arco de Baúlhe) – Lanhoso (Póvoa de Lanhoso) – Braga (aqui termina este caminho. No caso da comitiva checa, seguiu viagem por Ponte de Lima, Valença do
Minho, Tui…o que hoje é conhecido como o Caminho Central Português)”.

Este é o primeiro Caminho Português de Santiago a passar em Cabeceiras de Basto, cujos promotores ambicionam que venha a ser “uma marca deste território”.

A Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto associou-se a este abrangente projeto, ciente de que pode representar um enorme atrativo turístico-cultural para o território, contribuindo, em simultâneo, para um maior desenvolvimento económico.

O momento foi abrilhantado pela atuação do artista cabeceirense Carlos Pote.
Scroll