«Crónicas de todo o tempo»: um apelo à memória de outrora
Maria Fernanda Carneiro divulgou obra na Biblioteca Municipal
5 de fevereiro, 2011
Foi apresentado no dia 5 de Fevereiro o livro ‘Crónicas de todo o tempo’ da autora Cabeceirense Maria Fernanda Carneiro, uma sessão que decorreu na Biblioteca Municipal Dr. António Teixeira de Carvalho, na vila do Arco de Baúlhe.
O momento que foi abrilhantado pela actuação do Grupo dos Cavaquinhos da Raposeira contou com a presença do Deputado da Assembleia da República, Dr. Ricardo Gonçalves, do presidente da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, Eng.º Joaquim Barreto, membros do executivo e Assembleia Municipal, autarcas, familiares, amigos da autora, entre outros convidados.
O livro editado pela Labirinto divide-se em 11 temas e cinco curiosidades que levam o leitor a viver e/ou recordar tempos idos em Cabeceiras de Basto.
A noitada de S. Pedro na Raposeira, o Mosteiro de Refojos, a lavrada, a sacha, a desfolhada e as vindimas são alguns episódios que a autora “retrata fielmente”, disse na sua intervenção o deputado da Assembleia da República.
Recriando os tempos antigos em palavras, a autora faz uma análise pormenorizada das romarias, da evolução do concelho e das vivências das gentes de Basto, do seu trabalho, honradez e capacidade de cumprir com as suas promessas.
“A importância do livro serve também para o presente pois identificamo-nos com coisas que são nossas”, realçou Ricardo Gonçalves, afirmando que “a história serve para projectarmos o futuro”.
A obra que apela à memória colectiva e à história local “aquece os nossos corações”, disse o vereador da Cultura, Dr. Domingos Machado, desafiando Fernanda Carneiro “a fazer da escrita um tarefa quotidiana”.
Na sua intervenção, o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Barreto, destacou o papel da autora na promoção da cultura e do desenvolvimento do concelho, onde a sua valorização tem expressão para o exterior.
Manifestando “apreço e gratidão” pelo trabalho de Maria Fernanda Carneiro, o autarca destacou ainda o esforço que tem sido feito na valorização dos espaços culturais, como o caso da Biblioteca Municipal.
Depois de valorizar o passado voltado para a agricultura, Joaquim Barreto falou da capacidade que o Município teve em se adaptar aos novos tempos e às exigências do mercado, onde a indústria assumiu um papel de revelo, como o caso do sector têxtil. A diversidade existente no concelho sai, assim, a ganhar com as acessibilidades que aproximam Cabeceiras de Basto dos grandes centros urbanos.
No uso da palavra, a autora Maria Fernanda Carneiro mostrou-se muito satisfeita com a divulgação da obra ‘Crónicas de todo o tempo’ e prometeu “continuar a escrever consciente de que posso fazer sempre mais e melhor”.
E revelou: “o gosto pela leitura e pela beleza natural desta terra e das suas gentes impulsionaram-me a colocar no papel as minhas memórias e as memórias de outros, registando vivências de pessoas, cujo labor, aventuras e peripécias fazem parte da história loca”.
Com a publicação dos seus escritos, a Fernanda Carneiro dá à estampa a “memória” dos seus antepassados, através de crónicas redigidas com alma e coração, de forma singela que desperta sensibilidades de uns e curiosidades de outros.
Os livros e os temas de Fernanda Carneiro são o reflexo da simplicidade da autora e do gosto que tem pela sua terra e pela gente de Cabeceiras de Basto.
Partindo do pouco, a autora foi-se interessando por estes temas, indagando e remexendo com dedicação e paixão, na “história” de Cabeceiras, trazendo ao de cima o seu amor pelas coisas, por vezes pequenas, mas que enchem de orgulho os Cabeceirenses.
A iniciativa contou com o apoio da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto e da empresa Emunibasto.