Mais de 100 ninhos de vespa velutina destruídos
Destruição dos ninhos deve ser feita pelas entidades habilitadas
16 de novembro, 2018
Desde o início do ano de 2018, 107 ninhos de vespa velutina foram destruídos no concelho de Cabeceiras de Basto. Os ninhos surgiram, na sua maioria, nas árvores em zonas rurais, mas também nos telhados e interiores de habitações, anexos e em muros. A deteção ou a suspeita de existência de ninho ou de exemplares de vespa velutina no território cabeceirense deve ser comunicada à Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto.
A Câmara dará o devido seguimento ao processo de destruição pela Polícia Municipal com o apoio das brigadas municipais, Proteção Civil e, em situações de perigo de incêndio, com o apoio dos Bombeiros Voluntários.
A destruição dos ninhos deve ser feita pelas entidades que se encontram habilitadas para esta tarefa com recurso a equipamento de proteção e de acordo com as orientações do Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina em Portugal. Na exterminação dos ninhos não devem ser usadas armas de fogo, mesmo no caso de difícil acesso pois este método só provoca a destruição parcial do ninho e contribui para a dispersão e disseminação da vespa asiática por constituição de novos ninhos.
A Vespa Velutina Nigrithorax (também chamada de vespa das patas amarelas) – predadora da abelha europeia – é uma espécie com uma área de distribuição natural que se estende pelas regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia ao leste da China, Indochina e ao arquipélago da Indonésia, no continente da Ásia, daí a designação de vespa asiática, ocorrendo normalmente nas zonas montanhosas e mais frescas da sua área de distribuição, pelo que pode estar preadaptada para explorar ambientes temperados, como é o nosso caso.
A existência da vespa velutina tem sido reportada desde 2011 na região norte de Portugal. Os principais efeitos da sua presença manifestam-se em várias vertentes, designadamente na apicultura, por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas europeias; e na saúde pública que, apesar de não serem mais agressivas que a espécie europeia, no caso de sentirem os seus ninhos ameaçados reagem de modo bastante agressivo. Esta espécie distingue-se pela coloração do abdómen (mais escuro na vespa asiática) e das patas (cor amarela).