Tertúlia História Local trouxe o cemitério do Mosteiro à Casa do Tempo
Integrada no ciclo de tertúlias «O Futuro Visita o Passado»
18 de junho, 2018
Realizou-se na passada sexta-feira, dia 15 de junho, na Casa do Tempo de Cabeceiras de Basto, a tertúlia ‘O cemitério do Mosteiro Medieval de S. Miguel de Refojos’, a primeira de cinco tertúlias que compõem o Ciclo ‘O Futuro Visita o Passado’, ciclo este que integra o programa cultural Mosteiro de Emoções. O encontro teve como oradores o arqueólogo Doutor Francisco Queiroga e a antropóloga Dra. Linda Melo.
O evento contou com a presença do presidente da Câmara Municipal, Francisco Alves, que apresentou os oradores e moderou a tertúlia, contou também com a presença dos vereadores Dra. Carla Lousada, Eng. Pedro Sousa e Dra. Laura Magalhães, do presidente da Junta de Freguesia de Refojos, Outeiro e Painzela, Leandro Campos, da Dra. Paula Gonçalves, secretária da Assembleia Municipal, em representação do presidente da Assembleia, entre outros convidados e público em geral.
Coube à vereadora da Cultura, Dra. Carla Lousada, dar as boas-vindas a todos os presentes, agradecendo também a disponibilidade dos oradores em associar-se ao programa Mosteiro de Emoções.
“Partindo da História local, os nossos oradores vão centrar-se nas virtualidades da localidade onde se insere Cabeceiras de Basto, identificando sentimentos de afetividade, memórias mas também recursos e estratégias para um maior sucesso educativo, procurando consciencializar os Cabeceirenses para as suas raízes”, disse a vereadora, deixando uma nota referente à remodelação do claustro que permitiu à Câmara Municipal desvendar vestígios arqueológicos, escavações essas que foram acompanhadas pelo arqueólogo Doutor Francisco Queiroga.
“O Mosteiro foi sofrendo significativas remodelações ao longo das épocas e esta intervenção, em específico, permitiu, pela primeira vez, documentar materialmente a existência do primitivo Mosteiro de S. Miguel de Refojos, do qual apenas possuíamos algumas referências”, sublinhou a vereadora, relembrando que os trabalhos arqueológicos foram revelando inúmeros vestígios de sepultamentos em sarcófago que foram registados e devidamente estudados por técnicos especializados em Antropologia Física.
E acrescentou: “o levantamento arqueológico permitiu-nos desvendar um pouco mais sobre a fundação deste importante mosteiro beneditino, o que contribuiu para o enriquecimento da história local”.
Por seu turno, o responsável pela Academia das Emoções, Dr. João Abreu, apresentou genericamente o programa cultural que integra 23 atividades até julho de 2019, convidando a plateia a estar presente nas próximas iniciativas deste mês de junho.
Coube ao arqueólogo Doutor Francisco Queiroga e à antropóloga Dra. Linda Melo apresentar o trabalho e estudo que foram desenvolvidos na sequência das escavações realizadas no Claustro do Mosteiro, em 2013. O estudo deu a conhecer a tipologia das sepulturas, o número de indivíduos sepultados, bem como algumas características das ossadas encontradas.
Os especialistas falaram, ainda, à plateia da importância dos trabalhos em campo e em laboratório, apresentando os resultados das escavações.
Coube à secretária da Assembleia Municipal, Dra. Paula Gonçalves, encerrar a sessão, louvando a Câmara Municipal pela iniciativa que proporcionou uma maior conhecimento da história e do património Cabeceirense.
De salientar que as tertúlias que compõem o Ciclo ‘O Futuro Visita o Passado’ têm como objetivo, por um lado a integração de novos residentes, profissionais e visitantes regulares na comunidade, por outro o reforço da identidade local junto da população jovem, bem como a formação e sensibilização dos agentes associativos e dinamizadores recreativos e culturais locais.