Bem-vindo/a a Cabeceiras de Basto

Conteúdo

Câmara aprova contratação de empréstimo para obras do Campo do Seco

Vereadores do IPC votaram contra

23 de março, 2018
Campo do Seco em Cabeceiras de Basto - maquete
O Executivo Municipal aprovou, por maioria, na sua reunião do passado dia 9 de março, a abertura de procedimento para a contratação de um empréstimo de médio e longo prazo até ao montante de 1,1 milhões de euros, por 20 anos, para financiamento do projeto de ‘Requalificação do espaço do Campo do Seco e suas vias envolventes e de enquadramento’.
De referir que as várias candidaturas em curso e com montantes muito significativos obrigam a Câmara Municipal a assegurar meios financeiros próprios para os quais há necessidade de se recorrer a empréstimos bancários, tal como o Relatório do Orçamento para 2018 a Câmara Municipal já previa para financiamento das referidas obras.

Trata-se de empréstimo que não é considerado para efeitos da dívida total do Município, não agravando, deste modo, a capacidade de endividamento da edilidade e mantendo o equilíbrio financeiro assegurado.

Este empréstimo destina-se exclusivamente ao financiamento de parte da contrapartida do projeto já aprovado e com comparticipação dos Fundos Europeus, designadamente através do Programa Norte 2020 - FEDER. Estas obras representam um investimento global de cerca de 2,8 milhões de euros, exigindo um esforço financeiro do orçamento municipal 1,2 milhões de euros para o qual é necessário contratar o referido empréstimo.

A abertura do procedimento para a contratação deste empréstimo foi aprovada apenas com os votos a favor do PS, uma vez que os vereadores do IPC votaram contra. Na verdade, este voto contra revela alguma coerência dado que, anteriormente, os vereadores do IPC votaram também contra o projeto de requalificação do Campo do Seco.

Na declaração de voto do IPC, os vereadores justificam o voto contra a contratação do empréstimo, afirmando que o projeto do Campo do Seco “foi mandado elaborar sem contar com os contributos da população”; “não responde/resolve os problemas daquele espaço urbano”; “prevê o recurso a verbas extraordinárias (…) e poderá comprometer seriamente o futuro das contas municipais”; “esta proposta significa a inversão da trajetória da redução da dívida”.

A Câmara Municipal decidiu abrir este procedimento para submeter à Assembleia Municipal um pedido de autorização para a contratação de empréstimo para financiar o projeto de requalificação de um espaço público de elevado valor patrimonial, histórico e sentimental para os Cabeceirenses como é o Campo do Seco, modernizando e melhorando as condições de circulação de veículos, de peões, de estacionamento e de estar das pessoas, bem como de melhor adaptação para a realização da Feira Semanal e Festa de S. Miguel. De facto, o espaço da feira necessita urgentemente de ser requalificado pois não reúne as devidas condições para acolher feirantes e clientes.

O projeto foi elaborado por equipa de projetistas de renome, a partir de diversos estudos realizados e assumido pela Câmara Municipal enquanto órgão decisor em que os Cabeceirenses votaram para os representar e tomar decisões.

O recurso a empréstimo bancário justifica-se pela dimensão da obra para a qual a Câmara Municipal garantiu antecipadamente o financiamento até ao montante de 1,6 milhões de euros, tendo que recorrer ao orçamento municipal para pagar a parte restante.

O empréstimo não põe em causa o equilíbrio financeiro da Câmara Municipal, não compromete o futuro das contas municipais, nem significa qualquer inversão na política de redução da dívida, preocupação que se manterá.

A contração desta dívida que será amortizada em 20 anos é uma decisão de gestão que a Câmara Municipal assume porque considera que, não fora o recurso ao empréstimo e a obra nunca poderia ser concretizada.

De referir que a intervenção numa área urbana de 2 hectares, pelo valor indicado, não representa qualquer megalomania, tão só o necessário e adequado para tornar aquele espaço público mais atrativo e funcional.

Em alternativa à não contratação do empréstimo, proposta pelos vereadores do IPC, as referidas obras não se fariam em claro prejuízo das populações.

Aprovada que foi a abertura do procedimento pelo executivo municipal, a Câmara está agora a proceder à consulta junto das instituições de crédito para decisão posterior e remessa à Assembleia Municipal, a quem cabe a última decisão de aprovação.
Campo do Seco em Cabeceiras de Basto - maquete
Scroll