Francisco Alves inaugurou exposição «Picasso em Ferro» de Plácido Souto
Patente na Casa Municipal da Cultura até ao dia 13 de abril
5 de março, 2018
O presidente da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, Francisco Alves, inaugurou na passada sexta-feira, dia 2 de março, a exposição ‘Picasso em Ferro’ da autoria de Plácido Souto.
A mostra estará patente ao público na Casa Municipal da Cultura até ao dia 13 de abril.
Para além do artista e do presidente da Câmara, marcaram também presença nesta iniciativa os vereadores Dr. Mário Oliveira, Dra. Carla Lousada e Eng. Pedro Sousa, presidentes de Juntas de Freguesia, a presidente da direção da Basto Vida, Dra. Fátima Oliveira, entre outros dirigentes, familiares do autor e população em geral.
Na oportunidade, Plácido Souto deu a conhecer os seus trabalhos, fazendo uma descrição das peças que compõem esta coletânea composta por 19 quadros em homenagem ao famoso artista Pablo Picasso – pintor espanhol, escultor, ceramista, cenógrafo, poeta e dramaturgo.
Na sua intervenção, o presidente da Câmara Municipal felicitou o artista pelo seu “trabalho, empenho, dedicação, engenho, arte e saber”, elogiando ainda a capacidade de Plácido Souto que, aos 81 anos, continua a criar obras de grande beleza e sensibilidade estética.
Esta é a segunda vez que o artista caminhense expõe em Cabeceiras de Basto, depois de, no ano de 2012, ter apresentado as suas esculturas na Sala de Exposições da Casa da Cultura.
Ao promover este tipo de iniciativas, a Câmara Municipal, está não só a dinamizar a sala de exposições da Casa da Cultura, como a proporcionar aos artistas e/ou artesãos da região a possibilidade de apresentarem e divulgarem os seus trabalhos.
Biografia:
Plácido Ranha Silva Souto nasceu no dia 27 de outubro de 1936 na freguesia de Vilar de Mouros, concelho de Caminha.
De uma experiência profissional, aliada ao gosto pela arte e à procura de uma estética própria, Plácido Souto tornou-se um artista autodidata que, com habilidade, executa obras em ferro que têm percorrido o país de norte a sul em numerosas exposições.
Concluindo a 4ª classe com 10 anos de idade, nos dois anos que se seguiram trabalhou como servente em obras orientadas pelo seu pai. Ao completar 12 anos, no dia 8 de Novembro de 1948, Plácido viu cumprir-se o seu primeiro grande desejo: trabalhar como aprendiz na nova indústria do ferro e serralharia, tal como o seu padrinho, Manuel Fontes.
Em abril de 1957, Plácido Souto foi incorporado na tropa, voltou a Vilar de Mouros em 1958 onde permaneceu até Março de 1960, data em que partiu para trabalhar em Lisboa, na Lisnave, trocando os pequenos semeadores pelos grandes petroleiros. Aí constituiu família e partilhou vivências intensas e irrepetíveis nos anos que se seguiram.
Quando, em 1983, Plácido Souto abandonou Lisboa e a atividade nos estaleiros de Setúbal, regressou a Vilar de Mouros e criou a sua própria oficina de serralharia, especializada em reparação de máquinas de costura. Paralelamente, como leigo, consagra parte importante do seu dia-a-dia a ações católicas no âmbito da sua paróquia. Em 2004, em conjunto com mais três elementos, assumiu a fundação do GEPAVE (Grupo de Estudo e Preservação do Património Vilarmourense).