Comédia «O Homem Certo» encerrou noite cultural em Cabeceiras de Basto
II Seminário Internacional «Religião, Letras e Armas: da Europa Renascentista para Basto»
17 de junho, 2016
A noite cultural do II Seminário Internacional encerrou com ‘chave de ouro’ o primeiro dia de trabalhos com a apresentação da extraordinária representação da peça ‘O Homem Certo’, uma divertida comédia baseada na peça ‘Os Estrangeiros’ de Francisco de Sá de Miranda – obra de grande importância para a dramaturgia nacional, publicada em 1559 e considerada a primeira peça teatral portuguesa escrita em prosa nos moldes clássicos.
Magnificamente adaptada pelos responsáveis pelo Centro de Teatro da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto (CTCMCB), Neto Portela e Roberto Moreira, foi brilhantemente interpretada pelas crianças, jovens e adultos que frequentam as oficinas do Centro de Teatro.
‘O Homem Certo’ que esteve ontem, dia 16 de junho, em cena contou com a participação especial dos Amigos da Galhofa da Associação Vilela Com Vida e do Grupo do Jogo do Pau de Abadim – ARDCA.
Nesta livre adaptação, o CTCMCB traz a história que originalmente se passa em Itália para Cabeceiras de Basto, com personagens que utilizam uma linguagem mais corrente, mas procurando manter a estrutura original do enredo. “Tudo gira em torno de Lucrécia, uma bela mulher que encanta o coração de três homens: um jovem boémio, um valente guerreiro e um velho muito rico. Mas qual será O Homem Certo para se casar com ela?”, lê-se na sinopse.
Inicialmente previsto para os Claustros do Mosteiro de S. Miguel de Refojos, o espetáculo foi apresentado no auditório da Casa da Juventude devido ao mau tempo.
Centenas de pessoas assistiram a esta hilariante encenação, entre as quais os conferencistas nacionais e estrangeiros convidados do II Seminário Internacional, que integrou no seu programa o espetáculo ‘O Homem Certo’.
O teatro continua, assim, a atuar como um embaixador da cultura de Cabeceiras de Basto, mobilizando a população à sua volta num estímulo a uma produção cultural viva e ativa que não se gosta na preocupação de bem representar mas que tem na recolha e adaptação de textos e histórias um importante papel de promoção do património imaterial Cabeceirense.