Cabeceiras de Basto homenageia ex-combatentes mortos na Guerra Colonial
Segundo encontro de ex-combatentes de Cabeceiras de Basto
19 de outubro, 2015
Cerca de 300 pessoas, entre ex-militares e seus familiares, estiveram no dia 18 de outubro, presentes na cerimónia de homenagem aos ex-combatentes de Cabeceiras de Basto que tombaram na Guerra Colonial (1961-1974). A cerimónia promovida pelos ex-combatentes Cabeceirenses teve lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
A cerimónia foi presidida por Francisco Alves, presidente da Câmara Municipal e integrada no âmbito do segundo encontro de ex-combatentes de Cabeceiras de Basto. Associaram-se à cerimónia o presidente da Assembleia Municipal, Eng. Joaquim Barreto, os vereadores e presidentes de Juntas de Freguesia, o presidente Liga dos Combatentes – Núcleo de Braga, Coronel Amado Vareta, entre outros convidados.
Na suas palavras, o presidente da Câmara Municipal, depois de saudar todos os presentes, dirigiu-se aos ex-militares, dizendo “este momento serve para lembrar e homenagear os Cabeceirenses que, tal como vós, partiram numa missão de serviço à Pátria mas, ao contrário de vós, não regressaram”. Francisco Alves reconheceu “a coragem e força de todos aqueles que lutaram pela Pátria. Sois, por isso, merecedores do nosso respeito e do nosso apreço por aquilo que fizestes por Portugal”.
Ao todo são 29 Cabeceirenses de Cavez, Refojos, Cabeceiras de Basto, Pedraça, Bucos, Faia, Abadim, Passos, Riodouro, Basto, Painzela e Arco de Baúlhe que passam, agora, a constar de uma placa evocativa no Monumento aos Combatentes de Cabeceiras de Basto.
Depois de prestar a sua homenagem aos militares que “tombaram ao serviço de um povo”, Francisco Alves fez votos para este encontro se possa repetir e “seja um espaço de encontro e reencontro de velhos amigos que combateram pela Pátria”.
Na oportunidade, o presidente da Assembleia Municipal, Eng. Joaquim Barreto, regozijou-se com a iniciativa, relembrando os anos difíceis que os jovens viveram em sobressalto com o facto de poderem ser, a qualquer momento, chamados para a guerra. Joaquim Barreto falou, ainda, do “tempo de incertezas para a juventude” que não podia organizar, nem planear a sua vida sem antes cumprir o serviço militar, fazendo ainda referência aos aerogramas que serviam de elo de ligação entre os tropas e os seus familiares e amigos.
Por seu turno, o presidente do Núcleo de Braga da Liga dos Combatentes, Coronel Amado Vareta, destacou a coragem e bravura de todos aqueles que lutaram pela Pátria, desafiando os ex-combatentes de Cabeceiras de Basto a criarem, neste concelho, um Núcleo da Liga.
No final desta cerimónia, os presentes deslocaram-se até ao Monumento aos Combatentes, onde foi descerrada uma placa onde constam os nomes dos 29 combatentes naturais do concelho falecidos na Guerra Colonial, seguida da deposição de uma coroa de flores.
Após o almoço, que juntou à mesa os ex-combatentes, seus familiares e amigos, seguiu-se uma tarde de convívio com animação musical.