Conteúdo

Seminário Internacional arrancou hoje em Cabeceiras de Basto

Ilustres personalidades debatem até amanhã ‘A Ordem Beneditina, o Papel dos Mosteiros e o Património da UNESCO’

4 de junho, 2015
Seminário Internacional arrancou hoje em Cabeceiras de Basto
O diretor Regional da Cultura do Norte, Dr. António Ponte, presidiu esta manhã, dia 4 de junho, à sessão de abertura do Seminário Internacional ‘A Ordem Beneditina, o Papel dos Mosteiros e o Património da UNESCO’ em Cabeceiras de Basto.
Uma sessão que contou também com a presença do presidente da Câmara Municipal, Francisco Alves, da vereadora da Cultura, Dra. Isabel Coutinho e da Dra. Augusta Cristina Dias, em representação do presidente da Assembleia Municipal de Cabeceiras de Basto.

Mais de uma centena de pessoas marcaram presença neste arranque do Seminário Internacional, evento que decorre no auditório da Casa do Tempo até amanhã, dia 5 de junho, onde diversas personalidades integrarão os diferentes painéis como oradores, como é o caso de especialistas e investigadores nacionais e internacionais.

Foi dado assim início à discussão deste tema tão interessante neste Seminário internacional que representa mais um precioso contributo no âmbito da Candidatura do Mosteiro de S. Miguel de Refojos a Património Cultural da Humanidade.

Na sua intervenção, o presidente da Câmara Municipal, Francisco Alves, depois de cumprimentar todos os ilustres convidados deixou uma palavra de reconhecimento ao presidente de Câmara que o antecedeu. “O Dr. China Pereira teve a visão e o sonho de deitar mãos a um grande projeto. Organizar uma proposta para que um dia o Nosso Mosteiro possa ser inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO. Se hoje estamos aqui deve-se ao trabalho que ele soube e quis liderar. Em nome da Câmara Municipal, a minha homenagem e reconhecimento ao Dr. China Pereira”.

O autarca deixou também “uma palavra ao Eng. Joaquim Barreto, que ao longo de duas décadas, enquanto presidente da Câmara dinamizou e liderou o processo de conservação e afirmação do Mosteiro. O interior do Mosteiro, em geral, e da igreja, em particular, sofreu diversas intervenções de conservação e valorização. A área envolvente foi modernizada com critérios de elevada qualidade, respeitando a memória histórica do espaço.

Diga-se, aliás, que continuamos hoje com trabalhos de conservação da Igreja do Mosteiro, designadamente, na recuperação de 4 altares. Para estas intervenções temos contado com a valiosa colaboração da Direção Regional da Cultura do Norte”.

O Mosteiro “é o elemento central da nossa memória e da nossa identidade de povo das Terras de Basto. O nosso Mosteiro continua a ser um espaço vivo. É polo de cultura. É sede do poder civil democrático. É espaço de educação formal. Mantém a função religiosa. Nós sabemos que este Mosteiro tem singularidades excecionais. A análise comparativa feita com os Mosteiros Beneditinos em Portugal e em alguns países na Europa e no Brasil é clara”, salientou Francisco Alves, afirmando que “a Câmara Municipal fará tudo para que este projeto que nos anima e nos une, chegue a bom porto.

Um porto que seja um espaço aberto ao mundo e a todos os homens”. E, por isso, “queremos que ele seja, em toda sua dimensão, um bem de toda a humanidade. Queremos garantir a sua preservação com integridade e autenticidade para as gerações vindouras”, concluiu.

Nas suas palavras, o diretor Regional da Cultura do Norte considerou “este Património Beneditino um património de excecional qualidade”, referindo que “estes processos que visam ou as classificações como patrimónios nacionais ou a inscrição nas listas do património Mundial da UNESCO, independentemente do resultado que possam vir a ter no futuro, são mobilizadores das comunidades locais, das comunidades científicas e institucionais e prova disso mesmo é todo este trabalho que tem vindo a ser feito aqui em Cabeceiras de Basto”.

De acordo com António Ponte, “o Mosteiro assume com esta Candidatura a Património da UNESCO um papel mais determinante para o desenvolvimento de Cabeceiras de Basto.
Se o Mosteiro é reconhecido exteriormente é porque ele tem de facto valor, o que faz renascer nas pessoas também este valor”.

Note-se que o programa cultural do evento destaca esta noite a apresentação do espetáculo ‘A Bruxa de Monte Córdova’ de Camilo Castelo Branco, uma encenação levada à cena pelo Centro de Teatro da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto nos Claustros do Mosteiro de S. Miguel de Refojos.
 
Scroll