Conteúdo

Assembleia Municipal contra encerramento da Unidade de Internamento

Nota informativa

26 de março, 2015
Sob a presidência do Eng.º Joaquim Barreto, reuniu ontem, dia 25 de março, em sessão extraordinária a Assembleia Municipal de Cabeceiras de Basto, tendo como ponto único da agenda de trabalhos tomar uma posição sobre a pretensão do Ministério da Saúde de proceder ao encerramento da Unidade de Internamento de Cabeceiras de Basto a partir do dia 31 de março de 2015.
Neste âmbito, por se considerar que este é um assunto que nos deve reunir a TODOS  na defesa dos interesses da população, realizaram-se reuniões prévias com as diferentes forças políticas com assento neste órgão deliberativo do Município, assim como, com a Comissão Permanente de Saúde e Ação Social, para se encontrar uma posição consensual e unânime.

No decurso da sessão da Assembleia Municipal, o plenário além de tomar conhecimento das diligências efetuadas pela Câmara Municipal,  decidiu que tendo em conta os pressupostos que levaram à tomada de posição na sessão da Assembleia Municipal de 27 de novembro de 2014 de estar contra o encerramento da Unidade de Internamento, que se mantêm atuais, a ASSEMBLEIA MUNICIPAL reunida ontem, dia 25 de março, DELIBEROU APROVAR POR UNANIMIDADE a seguinte tomada de posição:
  • Manifestar-se contra o encerramento da Unidade de Internamento de Cabeceiras de Basto;
  • Dar todo o apoio à Câmara Municipal que assumiu a condução deste processo;
  • Recomendar à Câmara Municipal que use todos os meios que tem ao seu alcance para manter a Unidade de Internamento de Cabeceiras de Basto em funcionamento com todas as valências de cuidados de saúde que atualmente existem, ao serviço dos cabeceirenses e da população em geral.

A UNIDADE DE INTERMANTO DE CABECEIRAS DE BASTO (alguns dados):

Em julho de 2010 entrou em funcionamento a Unidade de Internamento de Cabeceiras de Basto gerida pelo Centro Hospitalar do Alto Ave (Hospital de Guimarães).
Esta unidade de saúde possui 11 camas da Rede Nacional de Cuidados Continuados para doentes em convalescença até 30 dias num regime de curta duração e mais 5 camas fora da rede para internamento de utentes que necessitam de estar internados em fase de recuperação ou em fase terminal.

Ao longo de mais de quatro anos de existência e de atividade, este equipamento de saúde tem prestado serviços de medicina interna, clínica geral, enfermagem, fisiatria, fisioterapia, terapia ocupacional, terapia da fala, bem como cuidados de assistência aos doentes ali internados.

A taxa de ocupação desta Unidade de Internamento tem vindo a crescer gradualmente de ano para ano, atingindo no final de 2014 indicadores de utilização da ordem dos 90,6%, o que corresponde ao internamento de 136 doentes para um total de 11 camas durante 30 dias através da Rede Nacional de Cuidados Continuados.  Os utentes internados fora da Rede de CC foram ainda em maior número. Saliente-se que a taxa de ocupação de doentes nesta Unidadade em 2015 por intermédio da Rede foi de 93,2% em janeiro e de 96,8% em fevereiro.

Esta elevada taxa de ocupação é uma demonstração inequívoca da necessidade desta estrutura de saúde para tratar os doentes que dela precisam mas também dos bons cuidados de saúde que ali se prestam ao nível das diferentes valências já referidas.
Esta Unidade de Internamento tem servido para internar principalmente doentes de Cabeceiras de Basto e ainda de outros concelhos vizinhos que para ela são encaminhados, onde são tratados com muita eficiência no serviço de saúde, mas também afeto, carinho e grande sentido de humanismo, pois só assim se compreendem os elevados indicadores de utilização.

Todos os doentes internados nesta unidade beneficiam dos serviços de saúde públicos sem que tenham que efetuar qualquer pagamento pelo internamento, o que tem reflexos positivos nos utentes, sobretudo naqueles que são  oriundos das famílias mais desfavorecidas.

A sua localização e funcionamento em Cabeceiras de Basto, além de trazer grandes vantagens para os utentes que aí são internados, também traz grandes benefícios para os seus familiares e amigos que os podem visitar sem ter que se deslocar para fora do nosso concelho, o que implicaria deslocações de dezenas de quilómetros, numa região mal provida de transportes públicos.

Se este Internamento, com esta diversidade e qualidade de serviços e valências, for encerrado, os Cabeceirenses não têm outra unidade de saúde como alternativa situada no concelho e à qual possam recorrer.
Scroll