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«Lã de Bucos» deixa marca na Capital Europeia da Cultura

Projeto das mulheres de Bucos esteve na base do espetáculo de marionetas

23 de julho, 2012
«Lã de Bucos» deixa marca na Capital Europeia da Cultura
As mulheres de Bucos, Cabeceiras de Basto, foram ‘homenageadas’ no passado fim de semana durante a exibição do espetáculo ‘Adormecida’ que a Companhia de Teatro e Marionetas de Mandrágora levou ao palco nos dias 20, 21 e 22 de julho, no âmbito da Capital Europeia da Cultura, em Guimarães.
O projeto desenvolvido pelas mulheres de Bucos em torno da lã esteve na base deste espetáculo de marionetas, que resultou de um trabalho de pesquisa sobre o património material e imaterial, com destaque para as vivências de outrora.

Foi na bucólica freguesia de Bucos, onde se respira ruralidade e tradição, que a Companhia de Marionetas de Mandrágora se inspirou para a conceção deste espetáculo que deu a conhecer ao público o trabalho e as vivências em torno da lã, uma atividade em desuso e que a Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, através da Casa da Lã de Bucos, pretende manter viva.

‘Adormecida’ contou a história de duas personagens que vão ao encontro do mundo da lã, dando a conhecer aos espetadores o fruto do contacto com aquelas mulheres fiandeiras, que ensinaram técnicas e revelaram as suas vivências. Uma história que contou as histórias da lã e que cativou a atenção das dezenas de pessoas que se juntaram no Largo Cónego José Maria Gomes, junto à Câmara Municipal de Guimarães.

Ao evento não faltaram o vereador da Cultura do Município Cabeceirense, Dr. Domingos Machado, a diretora do Museu das Terras de Basto, Dra. Isabel Fernandes, assim como as mulheres de Bucos que dão corpo e alma a este projeto de revitalização da lã no concelho de Cabeceiras de Basto.

Mostrando-se orgulhoso por ver este projeto na Capital Europeia da Cultura, Domingos Machado deu os parabéns à Companhia de Teatro e Marionetas de Mandrágora por trazer a Guimarães “uma tradição universal que também se vive em Bucos”. E acrescentou: “as memórias vão-se perdendo mas é importante mantermos vivos estes sinais de identidade que nos tornam diferentes e que nos tornam mais ricos”.

No final, a diretora artística, Filipa Mesquita, agradeceu a presença e a colaboração das mulheres de Bucos, garantindo que foi “um prazer imenso apresentar este trabalho”.


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