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Apresentação «A Família Ditirambos e o Romance da Donzela Theodora»

Iniciativa inserida na Semana da Primavera da Floresta

24 de março, 2011
«A Família Ditirambos e o Romance da Donzela Theodora»
A Semana da Primavera da Floresta que decorre em Cabeceiras de Basto desde o dia 21 de Março com a dinamização de um conjunto diversificado de acções, tais como visitas guiadas ao CEAVM, desportos radicais, oficinas criativas, demonstrações de equitação, ateliers de artes plásticas, bem como várias plantações de árvores e acções de limpeza e sensibilização ambiental, encerra no próximo Sábado, dia 26, pelas 21h30m, com a apresentação de um espectáculo de teatro subordinado ao tema ‘A Família Ditirambos e o Romance da Donzela Theodora’.
Trata-se de uma iniciativa que terá como cenário a Praça da República e como interpretes, os alunos do Centro de Teatro da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto. Com entrada livre, esta peça gira em torno da Família Ditirambos, uma das mais antigas famílias de comediantes ibéricos do teatro de festa e feira.

Aqueles que com adereços, cenários, máscaras, mastros, cordas, bacias, panos e tudo que podiam encontrar pelo caminho, viajavam montados na carruagem dos sonhos, de terra em terra, de feira em feira, de palheiro em palheiro, representando as suas patuscadas, farsas, comédias improvisadas, dramas de faca e alguidar, valendo-se de todos os recursos da arte do teatro mais puro.

Utilizando a linguagem antiga dos Cordéis, improvisam e contam histórias fabulosas da tradição popular. Neste espectáculo, contam a incrível história da DONZELA THEODORA, um dos mais antigos contos da tradição do cordel ibérico. Já foi escrito e reescrito de mil formas, atravessou países e continentes, transformou-se num conto “viajante” e em alguns lugares até parece que a história aconteceu de verdade.

A DONZELA THEODORA, contada por estes Ditirambos, comediantes do teatro de Cabeceiras de Basto, acontece como uma experiência necessária na formação teatral destes jovens. Um mergulho na história do teatro, nos primórdios da comédia latina, nas formas mais simples de representar e celebrar com os espectadores a festa da teatralidade.

Esta montagem teatral, proposta para uma nova família de Ditirambos, deve percorrer como no antigamente todas as feiras, freguesias, lugares de festas, pátios e eiras onde o povo costuma (ou costumava) reunir-se. Essa é a sua missão, repetir e vivenciar para que o conhecimento da tradição seja a base com que possamos construir a modernidade.

A história é contada em forma de pantomima, onde os actores têm que utilizar todos os recursos corporais para transmitir o universo de cada personagem. A dramaturgia é apresentada em forma musical, onde os instrumentos são vozes das personagens que se misturam com os sons das acções físicas. A narrativa será acompanhada por grandes painéis (como folhas de cordel antigo) que anunciam as cenas e quadros que os espectadores vão assistir.

Ditirambos, uma família que pretende fazer do teatro uma festa, do conto o motivo para se divertir e celebrar. Um exercício para a formação de públicos e actores, que juntos participam na transformação cultural de Cabeceiras de Basto.

Esta peça de teatro é uma criação dramatúrgica de Moncho Rodriguez, com trilha sonora e composição de Narciso Fernandes, com os assistentes e monitores Armando Luís e Roberto Moreira. A responsabilidade pelos figurinos e cenários é Marília Martins e Lurdes Dourado do CCPL(Centro de Criatividade da Póvoa de Lanhoso). A sonoplastia está a cargo de Hugo Ribeiro (CCPL), as máscaras são de Nigel Cave e técnicos do CCPL, a produção local é asumida por Elisabete Andrade (CT-CB), a coordenação administrativa por Olga Sousa (CCPL) e a coordenação de produção por Tânia Cardoso (CCPL).

A organização, essa está a cargo da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, da empresa Emunibasto, do Centro de Teatro da C.M. de Cabeceiras de Basto e do Centro de Criatividade da Póvoa de Lanhoso.
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