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Presidente e responsáveis da Iberdrola visitam espaços florestais

No âmbito do protocolo para valorização da fauna e flora em território Cabeceirense

22 de abril, 2021
Presidente da Câmara e responsáveis da Iberdrola visitam espaços florestais recuperados
O presidente da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, Francisco Alves, e Sara Hoya responsável da Iberdrola pelo Meio Ambiente e Socioeconomia do Sistema Electroprodutor do Tâmega, visitaram ontem, dia 21 de abril, em Gondiães, os espaços florestais recuperados.
A visita foi no âmbito do protocolo celebrado entre a Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto e a Iberdrola para a valorização da fauna e flora em território Cabeceirense, enquadrado no Programa de Medidas de Compensação pela construção da Barragem de Daivões.

Nesta visita participaram também Jorge Cosme, em representação da Diretora Regional do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas do Norte, o presidente da Junta de Freguesia de Gondiães e Vilar de Cunhas, Manuel Ramos, o presidente do Conselho Diretivo de Baldios de Gondiães, Domingos Alves, os técnicos da Iberdrola, Juan José Dapena e Eugénio Carvalho, assim como demais técnicos do ICNF e o responsável pelo Gabinete Técnico Florestal do Município, Luís Freitas.

Nos termos do referido protocolo, assinado em novembro de 2018 e que vigora até 2023, as intervenções de valorização da fauna e flora em espaço florestal são da responsabilidade da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, financiadas pela Iberdrola e contam com a colaboração do ICNF, das Juntas de Freguesia, dos Baldios e das comunidades locais.

Durante esta visita a comitiva pode apreciar e tomar conhecimento ‘in loco’ do desenvolvimento das atividades relativas à fauna e flora, nomeadamente das plantações e respetiva manutenção e demais melhorias florestais, que aconteceram entre 2018 a 2020. Com efeito, foram intervencionados 113 hectares nos Baldios de Gondiães e nos Baldios da Uz e Vilar de Cunhas, no perímetro Florestal da Serra da Cabreira, com a instalação de povoamentos de sobreiros, castanheiros, pereiras bravas, medronheiros entre outras folhosas, num total de 29500 árvores autóctones plantadas. De referir que, para além dessas plantações, algumas das medidas ambientais foram pensadas e implementadas tendo em vista a melhoria do habitat da fauna local e da caça, pelo que se procedeu também à sementeira de campos de centeio, à plantação de árvores de fruto e à desmatação das linhas de água. O investimento realizado neste período ascendeu a 230 mil euros.

Relativamente aos trabalhos para 2021, entretanto já adjudicados pelo Município, num investimento de cerca de 70 mil euros, está previsto continuar a arborização, numa área de mais de 18 hectares, com a plantação de 12.200 árvores e a manutenção da área intervencionada nos anos anteriores.

Na oportunidade, o presidente da Câmara realçou que o sucesso destas intervenções se deve muito “à boa cooperação que tem existido entre todos os intervenientes neste processo, desde a Iberdrola, o ICNF, os Baldios, as Juntas de Freguesia e as comunidades locais e que a satisfação de todos resulta também deste plano prever não só a plantação, mas também, o que é muito importante, a manutenção das mesmas”. A este respeito destacou o “excelente trabalho que está a ser feito no terreno”. Francisco Alves falou também da importância da reflorestação das áreas ardidas, recordando os incêndios de 2016 que devastaram uma valiosa mancha florestal em Gondiães. “Estamos todos a trabalhar em prol do mesmo objetivo” que é a valorização da floresta, finalizou o presidente da Câmara Municipal.

A responsável da Iberdrola, pelo Meio Ambiente e Socioeconomia do Sistema Electroprodutor do Tâmega, Sara Hoya, disse que “a Câmara Municipal soube aproveitar, desde o primeiro momento, as medidas compensatórias da Iberdrola, bem como a possibilidade de executar ações de grande proveito para o concelho”, sublinhando que o “trabalho está a correr muito bem”.

Fazendo referência às intervenções feitas em termos das medidas socioeconómicas implementadas em benefício dos territórios e das pessoas, Sara Hoya acrescentou: “começámos com um projeto em papel e agora temos barragens que estão a encher, o que é uma enorme satisfação. As populações veem hoje o projeto com outros olhos, como uma nova oportunidade, como uma mais-valia”, realçando os impactos positivos para a economia local designadamente para o turismo.
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