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Cabeceiras de Basto apresenta Bienal Internacional de Flauta Transversal

Flautista internacional Adriana Ferreira é a Comissária

19 de junho, 2018
Adriana Ferreira - Fotografia de Philippe Pache
No próximo dia 20 de junho, pelas 17h00, no Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto (Praça Gomes Teixeira) a Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto apresenta a Bienal Internacional de Flauta Transversal, uma das principais atividades do 'Mosteiro de Emoções'. A sessão contará com a presença da Comissária Adriana Ferreira.
Flautista e orientadora das Masters Classes, Adriana Ferreira, natural de Cabeceiras de Basto, é uma das mais destacadas da sua geração a nível internacional, o que lhe valeu as mais altas distinções em alguns dos mais importantes concursos internacionais de flauta transversal, bem como o lugar de solista na Orquestra Nacional de França e na Orquestra Filarmónica de Roterdão. Neste momento integra a orquestra da Academia Nacional de Santa Cecília de Roma.

A Bienal Internacional de Flauta Transversal decorrerá de 6 a 9 de dezembro, em Cabeceiras de Basto e apresenta o seguinte PROGRAMA:

Sobre a Comissária Adriana Ferreira:

A flautista Adriana Ferreira é uma das mais destacadas da sua geração a nível internacional, o que lhe valeu as mais altas distinções em alguns dos mais importantes concursos internacionais de flauta transversal, bem como o lugar de solista na Orquestra Nacional de França e na Orquestra Filarmónica de Roterdão.
Em 2009, aos dezoito anos de idade, obtém o 1º Prémio no Concurso de Interpretação do Estoril - Prémio El Corte-Inglès. No ano seguinte, obtém o 1º Prémio, o Prémio da Orquestra e o Prémio do Júri de Jovens Flautistas no Concurso Internacional Carl Nielsen, na Dinamarca.
Em 2013, é no Japão que é laureada com o 3º Prémio no Concurso Internacional de Kobe; antes de obter em 2014 o 1º Prémio e o Prémio Darmstadt, pela melhor interpretação da Sequenza de Luciano Berio, no Concurso Internacional Severino Gazzelloni em Itália.  No mesmo ano, obtém o 2º Prémio ex-æquo - 1º não atribuído - e o Prémio especial Coup de Cœur, atribuído pelos Relógios Breguet, no Concurso Internacional de Genève, na Suíça.
Desde 2012, é solista da Orquestra Nacional de França, dirigida pelo maestro Daniele Gatti. Em 2015, obtém o lugar de primeira flauta solo da Orquestra Filarmónica de Roterdão, na Holanda, sob a direcção de Yannick Nézet-Séguin.
Apresentou-se em diversos festivais (Barcelona, Sevilha, Caravana Musical da Primavera de Monte-Carlo, Giverny, Manchester, Copenhaga, Kuhmo, ...), bem como a solo com as orquestras de câmara do Kremlin e de Genève, Sinfónica de Odense e Gulbenkian, entre outras. Colaborou com vários compositores e estreou diversas obras, entre as quais o Concerto para flauta e orquestra de Joaquim dos Santos, a si dedicado. Colabora regularmente com a Orquestra XXI, projeto criado em 2013 que reúne músicos portugueses residentes no estrangeiro.
Natural de Cabeceiras de Basto, Adriana Ferreira começou a estudar flauta transversal na Banda Cabeceirense. Em 2008 obteve um Prémio de Mérito do Ministério da Educação e o Prémio Dra. Manuela Carvalho pelos seus estudos na Escola Profissional Artística do Vale do Ave - ARTAVE (2002-2008), na classe de flauta de Joaquina Mota. Como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, integrou a classe de Sophie Cherrier, Vincent Lucas e Pierre Dumail no Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris (2008-2015), onde completou o Mestrado e o 3º Ciclo superior, sob a orientação de Hae-Sun Kang. Estudou ainda com Benoît Fromanger na Hochschule Hanns Eisler de Berlim e é licenciada em Musicologia pela Universidade Paris-Sorbonne (Paris IV).
Em 2011 foi-lhe atribuído um Voto de Louvor, Congratulação e Regozijo e, em 2015, obteve a Medalha de Mérito Público - Grau Ouro - do Município de Cabeceiras de Basto.

Sobre os orientadores:

Ana Maria Ribeiro:
É natural de Santa Maria da Feira, onde frequentou a Academia de Música na classe de Maurício Dias Noites, tendo sido bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. Prosseguiu os seus estudos de flauta com Olavo Barros, Wendy Quinlan e Eduardo Lucena, na Escola Superior de Música do Porto, e frequentou Master classes com inúmeros flautistas de renome internacional. Apresentou-se a solo com várias orquestras e em duo com piano e Música de Câmara. Orientou inúmeros Master Classes, e integra com frequência júris em concursos.É detentora de vários prémios em Concursos. Gravou vários CDS com a ONP e ainda um com o "Quinteto Versus" - etiqueta Numérica. É formada pela Musik-Akademie Der Stadt Basel na Suíça, na classe do Professor Félix Renggli. Recentemente estreou no Palau de la Musica, de Valência, o Concerto para flauta, marimba e sopros – que lhe foi dedicado – do compositor Teodoro Aparicioo Barberan. Actualmente é Solista da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música e professora de Flauta e Música de Câmara no Conservatório de Música de Aveiro Calouste Gulbenkian.

Michel Bellavance
Flautista Suíço-Canadiano, Michel Bellavance tem tocado pela Europa e pela América Latina com as mais conceituadas Orquestras, como a Orquestra Gulbenkian de Lisboa, Orquestra  de Câmara de Genebra, Camerata  Académica Orquestra  de  Paris,  Orquestra  Sinfónica Nacional do Peru, Orquestra do Estado de San Juan, Orquestra Filarmónica de Mendoza, Orquestra Sinfónica do Estado da Bahia, a Orquestra Sinfónica de Maracaibo e Ensemble Ad Hoc, interpretando concertos de Nielsen, Ibert, Reinecke, Bernstein, Kabalevski, Liebermann, Mozart, Bach, Vivaldi e Hue. Tem dado recitais nas principais capitais, e já se apresentou em festivais na Suíça, Estados Unidos, Peru, Brasil, Venezuela, Costa Rica, Santiago do Chile, Colômbia, Equador, e em várias emissoras de rádio: CBC, Rádio Suisse Romande e Rádio Pública Nacional (EUA). A discografia de Michel Bellavance inclui quatro gravações que atestam o seu interesse por um tipo de repertório menos familiar. Os seus dois discos para Brioso Recordings (EUA) têm recebido elogios da crítica internacional. Além de suas atividades como intérprete, Michel Bellavance é professor de flauta no Conservatório de Genebra, (HEM) (Suiça). Tem lecionado workshops e master classes em Inglaterra, França, Suíça, Itália, Espanha, Roménia, Canadá, EUA, Brasil, Argentina, Peru, Costa Rica, Chile, Equador, Colômbia, China e Austrália. Como bolseiro do Conselho de Artes do Canadá, Michel Bellavance estudou em Paris, Genebra, Zurique e São Francisco, trabalhando com artistas como Aurèle Nicolet, Patrick Gallois, Maxence Larrieu, Adorján András e Paul Renzi.

Sobre outras participações:

Isolda Crespi Rubio:
Natural de Barcelona, licenciou-se em piano pelo Royal College of Music (Londres) na classe do Professor John Barstow e é Mestre em Ciências da Educação, Música, pela Universidade Católica Portuguesa e publicou a sua tese com o titulo "O Professor Invisível. A influência do pianista acompanhador na aprendizagem musical dos estudantes de instrumento" na Editora "Novas Edições Acadêmicas".
Actuou em recitais como solista e pianista acompanhadora em Espanha, Portugal, França, Suíça, Reino Unido, Dinamarca, Brasil e Coreia do Sul. Acompanha com frequencia masterclasses, audições e concursos e tem gravado e tocado em directo em várias ocasiões para Antena 2.  Apresenta-se regularmente com a flautista Adriana Ferreira, com quem gravou em 2011 o CD "Danse des Sylphes" para a discográfica Numérica e em 2015 para a revista italiana "Falaut".
Em 2014 apresentou-se a solo com a Orquestra ARTAVE interpretando o Segundo Concerto para piano e orquestra de Rachmaninov. Actualmente é pianista acompanhadora na Escola Profissional Artística do Vale do Ave (ARTAVE), Professora assistente convidada na ESMAE e Professora Convidada equiparada a auxiliar na Universidade do Minho.
 
BANDA CABECEIRENSE
Fundada em 1820 é a mais antiga das coletividades do concelho, sendo igualmente a de maior implantação e a que mais contribui para a aprendizagem e divulgação musical nas Terras de Basto. Há mais de 190 anos que esta Banda participa nas maiores romarias do Norte do país, festivais de bandas filarmónicas, concertos, desfiles e receções. O seu prestígio reside na qualidade, empenho e postura adaptadas em todas as atuações, arrecadando os mais altos elogios. Foi dirigida por Maestros de renome, tais como Serafim Aguiar, Amílcar Cunha, Joaquim Peixoto, José Machado, Dr. Gil Lopes, Armindo Nunes, Paulo Nunes, entre outros. Atualmente é dirigida Hélder Vales. Do histórico desta importante filarmónica minhota destacam-se figuras de relevo, cuja dedicação à coletividade e trabalho desenvolvido em prol da mesma mereceram o reconhecimento público. Referimo-nos ao Cabeceirense António Mendes, cidadão de reconhecidos méritos, que a Autarquia homenageou e a quem erigiu um busto, junto à Casa da Música, edifício que atualmente alberga a sede da Banda Cabeceirense e onde funciona também a Escola de Música da coletividade, bem como outras atividades de educação/formação musical. Em 1999, na sequência da grande afluência de jovens à escola de música, surge a Banda Juvenil Cabeceirense, composta por 40 elementos executantes que apesar da sua tenra idade têm brilhado nos Encontros das Bandas Juvenis e concertos nas escolas do concelho. Graças ao dinamismo incutido, é motivo de orgulho dos responsáveis pela cultura e de toda a população Cabeceirense.

'MOSTEIRO DE EMOÇÕES'

O programa 'Mosteiro de Emoções' tem como elemento central o Mosteiro de S. Miguel de Refojos, magnífico monumento beneditino em Cabeceiras de Basto. Dirigido a um público diversificado, o programa desenvolve-se em três eixos temáticos Cultura/Artes Performativas, Gastronomia/Sabores e Saúde e Bem-Estar que aliam a itinerância, a combinação e a diversidade. Este vasto programa cultural estende-se até julho de 2019, e assenta em parcerias alargadas que vão desde as instituições locais a diversas entidades regionais e nacionais.

Pretendendo ser um importante motor de dinamização cultural contempla iniciativas culturais e artísticas diversas, das artes plásticas às artes performativas, da literatura às atividades holísticas e ao artesanato, privilegiando, ainda, manifestações de divulgação histórica, patrimonial e gastronómica. Todas estas atividades decorrerão sob diversos formatos: exposições, concertos, concursos, mostras, festivais, provas e degustações, workshops, tertúlias, master-classes e visitas, dirigidas a públicos distintos e potenciais visitantes, turistas e parceiros. As atividades decorrerão preferencialmente em locais simbólicos do Município, especialmente no Mosteiro de S. Miguel de Refojos, mas também em espaços culturais, escolas e universidades, associações e clubes culturais de Cabeceiras de Basto ou de municípios estratégicos e vizinhos.

Trata-se de um programa cultural que resulta de uma candidatura a fundos comunitários designada 'Mosteiro de S. Miguel de Refojos, Património Cultural Ímpar', através do NORTE 2020, e que integra, para além de um conjunto de ações materiais, obras de reabilitação de coberturas e fachadas do Mosteiro e requalificação da antiga livraria beneditina, um programa cultural que se materializará em múltiplas manifestações artísticas, de exaltação do património, tradição e história.

O programa cultural 'Mosteiro de Emoções' desenvolver-se-á até julho de 2019 e integra 23 atividades. Especial destaque para o envolvimento de inúmeros parceiros de Cabeceiras de Basto, desde a comunidade educativa, empreendedores locais, passando pelo movimento associativo e outras instituições do concelho, mas também parceiros externos como universidades, escolas profissionais, orquestras, cooperativas, empresas de dinamização cultural, entre outros.

O Mosteiro de S. Miguel de Refojos continuará a atrair e a seduzir cada vez mais visitantes e turistas, levando o nome de Cabeceiras de Basto bem longe e, dessa forma, contribuirá também para o aumento do prestígio e da imagem de Cabeceiras de Basto.
Dos três eixos temáticos – Cultura/Artes Performativas, Gastronomia/Sabores e Saúde e Bem-Estar – que contarão com o envolvimento de muitos parceiros, especial destaque para a Bienal Internacional de Flauta Transversal, como reconhecimento e exaltação da grande flautista nacional, Adriana Ferreira, natural do concelho, e solista da Orquestra Nacional de França desde 2012; a 'Sebenta do Património'; a 'Noite das mil e uma histórias'; o Seminário Internacional; Festival Ibérico de Canto Gregoriano; a 'Mesa de Cabeceiras', o 'Festival Aromático'; a 'Mostra de Sabores Beneditinos'; o 'Encontro Holístico', entre muitos outros.
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