Fazendo jus àquilo a que já está habituado o público cabeceirense, mais de 50 atores pisaram o palco montado nos magníficos Claustros do Mosteiro de S. Miguel de Refojos, arrancando efusivas gargalhadas à plateia, muito divertida com as peripécias dos jovens e menos jovens namoradores incorrigíveis.

Uma peça inspirada na obra homónima do autor Martins Pena (1844) que conta a história de João, “um homem de meia-idade rico e casado com uma mulher muito ciumenta: Clara. Na noite da festa em que homenageia o São Miguel, João vê a oportunidade de cortejar a sua bela criada… e é aí que começam os seus problemas, pois ele é apanhado em flagrante por dois jovens: Luís, um namorador incurável e eterna paixão de Ritinha, e Júlio, que tem a intenção de casar-se com Cândida, filha de João”.

Esta foi, assim, mais uma grande produção do Centro de Teatro que continua a marcar o vasto programa cultural do Município Cabeceirense. Organizado pela Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, o espetáculo foi produzido pelo CTCMCB e contou com a animada participação dos Cavaquinhos da Raposeira.

Mickael Carreira atua sábado à noite nas Festas de S. Miguel

O programa da Feira e Frestas continua ao rubro neste fim de semana com a atuação do popular artista português Mickael Carreira, jovem cantor do momento que arrasta consigo multidões. O espetáculo acontece no próximo sábado, dia 26 de setembro, a partir das 22h30, no Parque do Mosteiro. A entrada é gratuita.

Esta noite, 24 de setembro, é vez da tradicional Garraiada animar o Parque do Mosteiro, estando agendada para amanhã, dia 25 de setembro, a abertura oficial da Agrobasto – Feira das Atividades Económicas de Basto, no Mercado Municipal e zona envolvente, a partir das 17h00.

‘O Livro do Tempo’ dá a conhecer melhor o nosso concelho

No passado dia 22 de setembro, na Casa do Tempo em Cabeceiras de Basto, foi apresentado ‘O Livro do Tempo’ do autor cabeceirense José da Costa Oliveira.
Nesta sessão, também integrada no programa oficial das Festas do Concelho e Feira de S. Miguel, marcaram presença o presidente da Câmara Municipal, Francisco Alves, o presidente da Assembleia Municipal, Eng. Joaquim Barreto, bem como outros autarcas do Município e das Freguesias.

Considerada a “relíquia literária” de José da Costa Oliveira, esta sua última obra alude, de forma romanceada, à chegada e à partida dos monges beneditinos de São Miguel de Refojos – o nosso Padroeiro – festejado e celebrado, em Cabeceiras de Basto até ao próximo dia 30 de setembro.

Reputado economista de profissão e ilustre homem de letras por paixão, José da Costa Oliveira é autor de uma vasta bibliografia, onde evoca as nossas raízes e origens, a nossa terra e a sua história, as nossas gentes e os seus usos e costumes. Não é um profissional da escrita, mas antes um amador e apaixonado contador daquilo que viveu, viu e investigou, mesclando a realidade com vivas tonalidades de ficção. Titular de uma memória prodigiosa, quase fotográfica, os seus textos, as suas frases, as suas palavras transformam-se em ilustrações das paisagens, das pessoas, das cenas, daquilo que relata ou narra.

A apresentação de ‘O Livro do Tempo’ esteve a cargo do Prof. Tomás Pereira Basto, docente do 1º Ciclo aposentado e um leitor assíduo das obras de José da Costa Oliveira.

Na oportunidade, o presidente da Câmara Municipal disse que “O Livro do Tempo é uma obra que evoca um tema local e até atual, circunstâncias que tornam pertinente a sua apresentação, aqui e agora. É pertinente a apresentação desta obra realizar-se aqui, na Casa do Tempo, uma que vez que este equipamento, em tempos que já lá vão, estava integrado num conjunto de moradias onde viviam os caseiros da Quinta do Mosteiro, outrora farto e produtivo espaço agrícola que o seu autor traz para as páginas Livro do Tempo”.

E salientou “sem qualquer tipo de pretensiosismos literários, José da Costa Oliveira escreve direito por linhas certas a história do nosso concelho, valorizando o seu património, devolvendo a vida a pessoas que conhecemos, que nos marcaram e com as quais convivemos, uns de forma mais próxima, outros de forma mais distante”.

José da Costa Oliveira é, por isso, “um artesão das recordações, colecionador de vivências e experiências, um guardador de memórias, e tem um espólio valioso e inestimável exposto nas suas inúmeras obras literárias e nos textos que publica, regularmente, na imprensa local”, sendo esta sua última obra indispensável na biblioteca pessoal de cada cabeceirense.

Por seu turno, o presidente da Assembleia Municipal, Eng. Joaquim Barreto, considerando o autor desta obra “um homem culto e empreendedor”, fez votos para que a obra “desperte o interesse” de cada cabeceirense que lhe permitirá “conhecer melhor a história local”.